sábado, 4 de agosto de 2007

Fuga do inferno

“Nada contra meus estimados colegas, mas sempre têm que ter alguém pra botar o terror com palavras de baixo calão, humor preconceituoso, realismo pessimista e muito, mas muito álcool”.Esse foi o post da semana passada. Acho que “nada contra” ainda significa isso aí mesmo, mas enfim.

Ah, só para constar, estou de ótimo humor esses dias. Cai ponte, avião, salário, até o Flamengo cai na tabela, mas meu humor só sobe. Nem bebi e quase não fumei essa semana, obrigado. Minto, bebi sim, e foi com um ótimo motivo. Fui em um dos lugares mais bizarros dessa cidade, quem mora aqui sabe, o Olimpo. Em dia de Furacão 2000. A visão do inferno. Obviamente, com meu kit “contra-música-ruim”, no qual consta álcool em doses cavalares, suportei essa dura missão.

Sério, é um estabelecimento muito, mas muito estranho, e falar assim é eufemismo. Umas pessoas que ao dançarem pareciam com epilepsia, eu imagino o diagnóstico que um neurologista daria por lá.

E as músicas? (hahahahahahaha, pára, pára,). Dança do bonequinho, não lembro muito bem, e outras menos votadas. Mas realmente o que me deixou mais chocado em matéria de degradação humana foram as danças. Um tal de tirar a camisa passando a mão no corpo e fazendo cara de dança do acasalamento dos caramujos de jardim.. A quantidade absurda de chapinhas mal-feitas também era algo assustador.
Mas chega, porquê nao consegui dormir por três noites. Mentira, dormi sim, tava bêbado, queria o quê? Outro dia conto algo a mais, ou invento algo mais, não assim necessariamente.

P.S.: Duro de matar, transformers, Simpson...a década de 80 não vai sair de moda não? Só falta o longa metragem do Bozo.Ah, mas que eu vou ver todos, claro que vou. E vocês tambem deveriam ir ver, pois em "Duro de matar 5", John McLane deve combater os bandidos de bengalas

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

A vida em um momento


Todo mundo se lembra do primeiro beijo... da primeira queda na bicicleta... daquele cheirinho da comida boa de mãe num domingo... Momentos especiais, ou não... Momentos eternos e vidas divididas em um segundo, guardados no íntimo da mente ou na ferida do coração. Seja qual for, e, independente da forma que foi guardado, o momento sempre é lembrado de uma forma singela. Ele sai normalmente junto com aquela lágrima de lembrança, de felicidade ou de medo. A vistosa lágrima escorre pela face contando toda a história do momento, todos os sentimentos vividos e ao tocar em seu solo chega ao fim a sua história, toca o presente, a realidade.
Mas que bom. Que bom que vivemos momentos tristes, para podermos sorrir como se fosse o último sorriso no dia seguinte. Que bom que vivemos momentos felizes, pois quando chorarmos não vamos nos sentir tão culpados pela felicidade que achávamos ser eterna... Os momentos constroem a vida.
Algumas pessoas participam apenas de um momento da nossa vida.... Mas as vezes fazem mais diferença do que aqueles que estiverem presentes em todos os momentos.
Pessoalmente, não era muito fã de momentos. Até que descobri que algumas coisas vêm e vão embora pra sempre, por mais que não queiramos, e isso é um momento que se passou. Os momentos podem passar só não podem ser esquecidos, sejam lembrados por um silêncio ou alegria.
* Por Nathália Marsal

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Reforçando a idéia de extinção da humanidade e do surgimento da Desumanidade, como espécie ,eu escrevo ,com uma imensa e monótona falta de originalidade, alguns fatos que se tornaram notórios nesta semana na cidade...
Policiais militares, da área cuja a responsabilidade é proteger e servir, são presos por policiais civis, abastecendo de cocaína e crack a favela, onde o seu batalhão de origem é responsável pelo patrulhamento ostensivo, ironicamente, reprimindo(teoricamente) a venda de tais substâncias.
Onde está a segurança???
Como acreditar que há um sistema de segurança pública funcional, se quem é pago para tal função, também é pago para fortalecer a insegurança?
Os médicos do Souza Aguiar pediram demissão em massa ,corrigindo , os chefes de plantão e o diretor do hospital pediram demissão em massa,devido às condições precárias que os impede de prestar um serviço que atenta a demanda...
Como acreditar em um sistema de saúde,sucateado como o nosso?
No mesmo momento,em que os planos de saúde expandem,a saúde pública implode!!!!
Eu paro por aqui,pois eu não sou santo e também tenho um certo grau de desumanidade em meu interior. Por irro para não aumentar a minha hipocrisia eu fico por aqui,pois senão eu ficarei reclamando,reclamando,reclamando,e como sempre reclamando sem fazer nenhum esforço para recuperar minhas raízes humanas e solidárias. Eu me lembrei que eu não consigo mais amar meu próximo como a mim mesmo,e esse foi o diferencial para a minha transição desumanitária.
Me calo,na esperança de conseguir mudar a mim mesmo.
Obrigado
por Juninho Coração de Leão

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Primeiro, preciso me desculpar pela ausência na semana que passou. Esta foi, realmente, bastante conturbada.

E, mais uma vez, a grande dúvida: sobre o que escrever?

Estive lendo alguns dos últimos textos escritos por meus "vizinhos semanais" (expressão criada agora, portanto, pra quem não entendeu, me refiro aos colegas do blog), e vi algo sobre se sentir meio carta fora do baralho, peixe fora d'agua ou coisa que o valha, com relação ao blog e às críticas que estão sendo abordadas nos textos. Pois bem, não estou aqui para julgar ninguém, até porque em uma das primeiras semanas me senti da mesma forma - se não me engano, até escrevi sobre isso aqui quando falei dos meus textos (não)jornalísticos -, mas, se possível, mostrar o que me deixou mais confortável: o nome do blog é "Diversitate" e seu endereço "mentes diversas". Precisa explicação melhor que essa? E, sinceramente? Viva a diversidade de pensamentos e sentimenstos!

Claro que quando ocorre um fato como a catástrofe aérea de poucas semanas atrás, e centenas de pessoas morrem, seja lá pelo erro de quem quer que seja, não há como não se comentar o fato, ou a abordagem que se está sendo feita do mesmo, ao menos.
O triste é que tem se tornado necessário acontecerem situações como essa para que haja uma (aparente) revolta da população - a população que vota, mesmo que não saiba em quem, que paga impostos, que luta por um salário, às vezes medíocre, no final do mês... -. E então, a questão deixa de ser política e passa a ser humana.
Não me considero politizada - até gostaria, porém tenho consciência que não sou, o que , talvez, se dê pelo histórico familiar, embora não vá abordar o tema agora por ser assunto para um novo texto -, mas não há como viver de olhos fechados ou olhando apenas horizontalmente quando se tem verticais e diagonais, no mínimo, para serem observadas também. O que quero dizer é que a questão não é apenas política, gostaria muito de escrever apenas sobre coisas amenas, mas fazer isso, seria ignorar o que está ao meu redor. E embora tenha largado o curso de Comunicação Social, sem comunicação não consigo viver. E, para mim, a comunicação não está somente no falar, está no ver, no perceber, no sentir, no lamentar a hipocrisia em que vivemos, na qual o poder está concentrado nas mãos de alguns e, conformados com isso, passa a ser normal tropeçarmos em mendigos nas ruas, andarmos com os vidros dos carros fechados e ignorarmos crianças vendendo balas nos sinais, famílias com suas casas destruídas em enchentes, mortes em desastres rodoviários por falta de manutenção nas estradas e inúmeras outras atitudes absurdas para serem ignoradas por nós, seres humanos. O Júnior pode me corrigir se estiver errada (afinal, também não sou muito boa em biologia), mas a espécie humana é a única que se destrói, que se mata... em vão.

O ser humano é uma espécie em extinção, por que seres desumanos é o que mais vemos por aí, por aqui, por lá.

Agora, ao reler para clicar em "publicar postagem", percebo que o texto ficou um pouco confuso, mas espero que em alguma parte deste, você possa ter alguma opinião sobre o que foi escrito. Não precisa falar. Apenas pensar, sentir, refletir. Se comunicar com as idéias, não com a autora, que é apenas mais uma dessas cidadãs que volta e meia se pega sendo demasiadamente desumana.

Até.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Hoje

Hoje eu tô meio sem inspiração. Na verdade cheia de coisas na minha cabeça, pensamentos e idéias desordenadas, sentimentos embolados. Ta meio difícil de escolher algo para falar aqui.

Eu hoje acordei com uma imensa saudade de um momento único da minha vida que eu gostaria imensamente que se repetisse: o show do Aerosmith.

Foi a maior loucura que eu já cometi na minha vida: comprar as passagens e ir para uma terra desconhecida, pelo menos ir para uma casa de pessoas bacanas. 10 horas de fila, conheci pessoas muito bacanas (Ah, para quem não sabe, meu caro colega de blog, Hastley, conheci lá!).

O show. Os choros. Os gritos. A loucura. Tudo!

Foi a melhor coisa que já me aconteceu até hoje na minha vida. Após esperar tantos anos, vê-los foi algo assim mais que especial. E quem me conhece há algum tempo deve saber do que eu to falando.

Hoje eu escutei dois cds inteiros deles: Big Ones e Get a Grip.

Ressaca!

Me falta Foo Fighters na veia!!! Aí sim, minha vida estará semicompleta (se é que existe semicompleta).

Hoje à tarde me veio uma amigona que eu adoro aqui em casa. Vimos novela, comentamos os capítulos, olha... uma coisa! Até discutimos política! Imagina? Idéias, pensamentos...

Hoje também descobri que tenho um amigo maravilhoso. Um amigo de verdade. Que mesmo quando eu to no auge da minha raiva, que chego a xinga-lo, ele vai lá e ri da minha cara e diz alguma coisa que me faz rir e eu percebo que essa raiva vai passar.
Meu amigo, você sabe que eu te adoro demais e que eu não vou falar seu nome aqui porque não há necessidade. Qualquer dia vamos tomar uma cachaça juntos e finalmente te darei a cigarrilha de chocolate do Capitain Black (Putz! Se ela não estiver toda esfarelada na minha bolsa... risos).Hoje eu dedico meu post para ele que me aturou legal de manhã! Rsrsrsrs...

Desculpa pela falta de criatividade e pela falta de assunto. Mas hoje realmente ta um pouco difícil de escrever.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

[*] Homem é encontrado morto em frente à TV um ano após falecer.




Washington - Um homem foi encontrado morto em sua casa na cidade de Southampton, nos Estados Unidos, mais de um ano após seu falecimento e com a televisão ainda ligada, informou neste sábado (17) a emissora de rádio local "1010 WINS".
O cadáver de Vincenzo Ricardo, de 70 anos e morto aparentemente por causas naturais, estava em bom estado de conservação por causa das condições ambientais, disseram à emissora fontes da polícia desta localidade do estado de Nova York.
Policiais encontraram o corpo do homem quando respondeu a uma chamada sobre encanamentos arrebentados.


"O cadáver estava em uma cadeira diante do televisor, como se Ricardo ainda estivesse vendo algum programa', explicou Stuart Dawson, técnico forense do condado de Suffolk, que afirmou que o homem vivia sozinho desde a morte de sua esposa, há vários anos.
"Ninguém tinha tido notícias dele há um ano. Esta é a parte que me surpreende. Ninguém deu o alarme", declarou o técnico forense. Segundo explicaram os vizinhos à emissora, eles acharam que Ricardo tinha ido para um asilo ou estava em um hospital.

Invisiveis...

Meu Deus, a que ponto chegamos! Esse acontecimento é mais um fato que comprova o quanto a sociedade atual está se tornando individualista, ao ponto de um ser humano falecer e sua falta nem ser notada. Não digo em relação à família ou parentes (eles poderiam não ter mais contato por vários motivos, brigas, mortes ou distância) mas em relação à vizinhança em sua volta, que não percebeu que ele não saia mais de casa, não percebia que ninguém ia visita-lo, particularmente eu não acredito de que eles pensavam que o velho Ricardo estava em um asilo, quem teria dito isso a eles? Ninguém estava lá para ver. Em um mundo aonde as pessoas cada vez mais pensam em si mesmas, a compaixão ao próximo fica cada vez mais distante, em um mundo aonde o tempo é dinheiro, não sobra tempo para dar atenção em quem está a nossa volta. Muitas vezes as flores nascem, abrem e murcham em nosso quintal sem que ao menos percebemos, mas não é nossa culpa, fazemos parte da sociedade e acabamos agindo assim por instinto, tornando invisíveis algumas pessoas em nossa volta e ás vezes quando damos conta já é tarde demais.

Bom é isso, abraço a todos!!!

Boas Energias!!!!

fui....

domingo, 29 de julho de 2007

Gosto das cores

avatarSou sonhadora, otimista e tenho olhar de uma criança que se encanta. Uma criança que visita o Diversitate entrando pela porta dos fundos; ainda não se sente em casa. Sento na ponta do sofá e aguardo o momento de falar. Tento um comentário aqui e outro ali mas eles fogem do tom da conversa. No topo um lindo sol e pássaros, mas ao redor é tudo cinza, o assunto é sério e de inadiável importância. As carrancas me fazem sentir pequena e tímida apesar de todos sorrirem para mim. Marcelo disse se sentir uma ovelha negra. E eu? Ainda estou tentando classificar.

Clara não apareceu essa semana. Gosto dela porque me faz sentir mais igual. Gosto de seu texto e o do ritmo de suas palavras. Gosto do sorriso que ela deixa entre as linhas. Mas até ela fechou a cara da última vez que esteve aqui:
E agora, Dona Marta, o que devemos fazer?
Relaxar e gozar?
post do dia 18

Eu continuo relaxando e gozando. Sempre. Acho que já é um lema na minha vida.

Sei que o mundo tá cheio de sujeira espalhada pelos cantos. Alguns empurram essa sujeira para debaixo do tapete, outros discutem se a melhor forma de limpar é com vassoura ou aspirador de pó e há ainda aqueles que ficam apenas apontando para os outros e delegando culpas e responsabilidades.

Enquanto isso, eu pego novamente o avião. Dessa vez já era tarde; pousei em Salvador às 2 da manhã por conta de um atraso de uma hora e meia. Relaxei e gozei enquanto assistia extasiada a uma Salvador toda iluminada, linda como brasa com veias cor de laranja e brilho enevoado pela chuva fina que caia. Eu nunca tinha visto isso e mais uma vez fiquei feliz por ter conseguido sentar na janela.

Essa sou eu ^^ > Déjà Vu - Pitty
** por Cris Bispo