sexta-feira, 6 de julho de 2007

Lembranças à Machado e uma mentirosa sociedade



(uma história para ilustrar)

Talvez estejam se perguntando porque estou aqui neste caixão fétido, acolchoado de cetim azul com um travesseiro em minha nuca... Esse corpo ausente que os senhores vêem com esse lindo vestido que tem um lacinho na cintura e um decote quadrado no peito (que já não bate mais) jaz aqui porque um dia, esse corpo, pálido e até doce em meio toda essa obscuridade desistiu de viver.
Com certeza nesta sala onde estão servindo cafés e bolinhos muitas pessoas devem estar se culpando pelo fato acontecido. Quase não dá para ouvir os pensamentos que são abafados pelo pranto daquelas pessoas. Querido leitor, não pense que sou tão malvada assim, quero mais que todos fiquem se martirizando o máximo possível. Afinal todos são seres humanos, uma raça de interesseiros e traidores, e sim, colaboraram para os pensamentos mortais daquele corpo.
Vejamos o pai, com uma face um tanto preocupada... Seus cabelos negros como o da menina, estavam desarrumados. Seu rosto foi preenchido por mais algumas rugas, inchaço e a vermelhidão nos olhos. Suas lágrimas eram enxugadas por um lenço que já se encontrava encharcado no bolso direito de sua camisa verde de botão e que agora pediam socorro ao colo de sua namorada molhando-os e ressaltando seus seios. Eles se abraçam e choram.
A lamentação do pai continua com gritos de “porquê” e suas buscas pela resposta o fazem ficar raivoso. A espuma de sua boca, provavelmente de raiva, fazia-o enlouquecer xingando a mãe da dona do caixão assustando e entretendo a platéia da defunta. Porém, caro amigo, não pense que ele roubou minha cena, tenho minhas cartas na manga! Precisamos nos lembrar de onde estava esse pai quando sua filha esteve doente, onde ele estava quando ela apenas queria saber a verdade dos fatos, onde estava esse pai quando sua filha apenas queria apoio. Deixemos esse pai se acalmar.
O irmão, que se encontrava com uma roupa impregnada de cheiro de hospital demonstrava sua raiva e seu sofrimento para qualquer um que quisesse ver, apesar dele ter vivido todos os momentos com ela quando havia sofrimento, não posso considerá-lo menos culpado. Levando a história como se fosse o dia do juízo final, preciso julgá-lo também, igual a todos os outros. Esse irmão foi o mesmo que a impediu de crescer, que a impediu de viver, que mentia para ela. E agora, devo levá-lo para o inferno ou para o céu? Não, por enquanto deixamo-lo aqui.
Retomando a sala novamente, nela há uma mulher para a qual todos olham: a mãe. Quieta e calada no seu canto, praticamente em estado de choque, não grita, não xinga, nem chora. Entretanto aqueles olhos de ressaca não me enganam: choraram a noite inteira. Seus trajes maltrapilhos e seu cabelo descuidado davam mais ênfase à característica melancólica do local. Seus olhos verdes não eram mais um mar límpido e claro, o rio secou. Apesar da tristeza, um sentimento de ódio também está presente, contudo, sofre calada. Esse foram os mesmos sentimentos que o defunto sentiu quando descobriu que a pessoa a quem mais ama podia estar mentindo e fingindo. Mentiras que envolvem dinheiro ou sentimentos, aquela ex-criança nunca ligou até que começaram a surgir algumas verdades.
Tudo começou quando o pai (lembra? O chorão exagerado) contou o motivo da separação. Coisas absurdas de amor, ódio e traição. [...]
Ao ouvir essa história da própria boca do pai não acreditou. Só que logo começou a encaixar todos os fatos e conclui: é verdade! Descobrindo assim na sua noite de natal menos hipócrita do mundo toda uma mentira por trás de uma família, a loucura natalina tomou conta de usa mente.
Aquele rosto doce e cadavérico sempre teve a máxima confiança em qualquer ser humano principalmente de sua família. Ingenuidade, leitor? Não, isso se chama humanidade. Gastou sua vida inteira depositando confiança em todos: mãe, pai, irmão... Porém, se gasta na vida, recupera-se na morte. Assim pensou que estava no lugar errado, que não era um ser humano e que apenas precisava ir para outro mundo.
Durante todas as festividades de final de ano começou a julgar todos, um a um. Pensou, pensou, e chegou a um veredicto final. Mãe, pai e irmão: inocentes; ela mesma: culpada. Acusada de dar chance ao mundo de ser bom e verdadeiro, de poder confiar. Sentença: a morte.
A loucura festiva foi embora junto com a vida da menina e um pote de remédio. A despedida do ano velho chegava com a despedida da menina. Em seu quarto deixou uma carta agradecendo a todos e falando que os amava, porém afirmando que verdade e confiança são essenciais para manter uma vida.
- Por Nathália Marsal
Obs: desculpe-me leitor se insisto no fato de haver um nicho de pessoas enganadoras

quinta-feira, 5 de julho de 2007















Linda paisagem essa da lagoa de jacarepaguá,é uma pena que todo o sistema lagunar da região da zona oeste esteja sendo constantemente degradado. Continuamente propício à surtos de toxinas,assim como o despejo de esgoto na rede pluvial,é realmente preocupante o estado de saúde da fauna e da flora da região.
Nas épocas de alto indíce pluviométrico,é comum o aumento de cerca de cinco vezes acima do nível permitido de algas,no que resulta do agravamento da poluição,e na qual quando não são de espécies que liberam toxinas,elas contribuem bastante,somadas à alta quantidade de matéria orgânica,com a eutrofização no sistema lagunar.
Mas pra quê pensar nisso?
O panamericano está aí gente!!!!
Bilhões gastos,para o desenvolvimento da cidade,quiçá do país!!!!
Mas foda-se a rede pública de saúde.
Foda-se todos os famintos que o FOME ZERO alimentou...
Sem contar na galerinha que espancou a prostituta,que não era prostituta e sim doméstica,na qual foram indiciados e tal.
E na mega,hiper,ultra operação no complexo do alemão,de onde o nosso governador afirmou ter quase 100% de controle do local, mas de acordo com uma fonte confiável (que não mencionarei por questões óbvias), lá está rolando um bagulhinho do bom. Só não mandei ele trazer o boldinho,pois eu não fumo mais isso. Deixo claro que não é apologia,mas trata-se de mostrar que a mídia,manipula as notícias de acordo com as necessidades do momento...
O nosso governador, juntamente com o nosso presidente, se perdem em suas próprias palavras. Não falo do nosso prefeito maluquinho, pois ele é maneiro, até limpava (dizem as más linguas) as calçadas da cidade com criolina, não percebendo que mendigos dormiam ali... Mendigo feio, ai ai ai! O que ele foi fazer ali? Afinal está deixando a cidade maravilhosa mais feia com a sua presença...
Voltando ao assunto inicial, além do sistema lagunar, a violência humana também impera sem pena na linda, mas tão fétida quanto as lagoas acima citadas, Baía de Guanabara.
Berçário de inúmeras espécies, sofre com o descaso e com o jogo de empurra das autoridades.
Todo mundo acha bonitinho os golfinhos, as tartaruguinhas, assim como outros integrantes da fauna local. Ambientalistas, discutem a melhor maneira de resolver a situação. O progresso, trabalha com a melhor forma de perder menos grana nas indenizações. E o sistema opera favorecendo os vilões, com multinhas e com puxõezinhos de orelha...
Uma estimativa diária do despejo na Baía: 400 toneladas de esgoto doméstico, 64 toneladas de lixo orgânico industrial, 7 toneladas de óleo, 300 quilos de metais pesados... E aí, há preocupação em limpar aquilo?
O aeroporto internacional, já parou de escoar o óleo, proveniente da limpeza de seus aviões, ali?
Não né!
Vamos salvar o planeta! Vamos erradicar a humanidade!!!
Me alegro com a expansão do medo crescente na sociedade, pois isso nos dá idéia de como um animal, que estava quieto no seu habitat, se sente tendo que se esconder e até mesmo fugir da predação e da ocupação de seus domínios. Quando há tempo para isso, é claro, pois geralmente são mortos antes.
Por Juninho C L

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Eu penso... penso muito.
Às vezes é bom, às vezes não.
Ultimamente tenho pensado muito sobre doenças e a vida, a louca.
Minha alimentação não é nada boa (por opção). Muita gente diz: "Nossa, Clara! Não sei como você não tem doença nenhuma!".
Na verdade, não sei se tenho algo como colesterol alto, coisa cada vez mais comum em pessoas da minha idade e até mais jovens. A diferença - aqui eu poderia usar "o problema" à "a diferença", mas prefiro esta porque não considero um problema real, embora muitos descordem de minha opinião - é que eu não as procuro (lembram? estava falando sobre as doenças!). Não faço exames de rotina porque acho que a pior coisa deve ser virar escravo de remédio, e não poder comer as guloseimas que tanto gosto. Todos temos uma única certeza na vida, sim, estou me referindo à morte, e não pretendo adiá-la com remédios.
Acho que na atual situação em que vivemos, não posso deixar de comer o que gosto com medo de morrer, correndo o risco de chegar na esquina de casa e, num assalto, morrer.
(pensamento: nossa, Deus me livre ; contra-pensamento: mas é verdade, a quem você quer enganar descartando essa possibilidade?)
Com tantas questões, nenhuma certeza além da de não querer adiar a morte. O que eu quero mesmo é VIVER!
observações:
1. claro que não sou radical. o meu problema é com remédios que se tem que tomar para o resto da vida, não com os que curam dores de cabeça, cólicas e afins.
2. cada quarta chega mais rápido que a outra, impressionante!

terça-feira, 3 de julho de 2007

Alguém sabe quem é esta menina?

...
Esta menina vive assim: sai nas ruas cercada de seguranças, com máscara anti-seqüestro e sempre com esta carinha triste.
E o pai dela, esse você conhece! Conhecido nos últimos anos pelas maluquices e dívidas que possui, Michael Jackson cria seus filhos assim por medo de seqüestro.

Será que a vida dessas crianças está condenada a ser dessa forma?

Será que é essa a melhor forma de cuidar e zelar pela segurança delas?

Que Mr. Jackson não bate bem da cabeça todo mundo sabe, mas será que não há ninguém que veja que dessa forma as crianças podem sofrer preconceitos, dificuldades de relacionamento social entre outros traumas que podem vir com essa atitude?

Não sei…

O que parece é que ele repete a mesma violência sofrida quando criança em seus filhos, mas de forma diferente, de forma mais sutil, mas com a agravante que podemos considerar até mais pesado.


Triste.


** Postado por Juliana Farias

segunda-feira, 2 de julho de 2007

[*] Post sem post...

Olá pessoal, infelizmente eu não pude preparar nenhum post em especial para hoje, passei os ultimos 10 dias focado na prova do TRF. Ontem finalmente era a hora de faze-la... ou faze-las, porque foram duas, primeiro grau e nível médio.
Eita dia cansativo! Acordei bem cedo, as 6, tomei um café rápido e peguei uma carona com minha mãe (que tava indo para o projeto social do lixão, que também costumo participar). Chegando lá no local da prova, na Faculdade Universo de Niterói, tinha uma enorme concentração de gente que num dava nem para andar direito. Tinha umas 5 mil pessoas ali tranquilo. Logo vi alguns conhecidos, mas nem deu para falar com eles, pois estavam longe de onde eu tava e realmente não tinha como chegar até eles. As 8 hs o portão abriu e fomos todos procurar nossas salas, no meu caso eu fui praticamente levado pela multidão rs, mas consegui chegar até a sala 36 no quarto andar, assim como tava descrito na minha carta de confirmação. A primeira prova, de nível médio, começou exatamente as 9 hs e 7 minutos (contados pela fiscal de prova) e se prolongou até as 12 hs e 37 minutos, infelizmente tive que chutar algumas questões de matemática, para poder marcar o cartão resposta a tempo.
Depois de comer algo parecido com um "italiano" (ou "joelho" para os cariocas) num Chinês ali mesmo no centro da cidade, voltei para a Universo para a segunda prova, que começou por volta de 14 e meia e foi até as 17... essa deu para fazer tudo a tempo (tinha menos questões e naturalmente era mais fácil).
Agora estou aqui na internet aguardando ansioso o gabarito no site do concurso... (pausa pra conferir o site)... Droga! O sistema está sobrecarregado! Mas vou continuar tentando... Bem, acho que ocupei bem o espaço do post de hoje ? Deu para disfarçar ? Hehehe!!! Prometo algo descente para semana que vem...
Abraço a todos!!!
fui...

Por André Hastley®

domingo, 1 de julho de 2007

Amor à primeira vista

avatar Às vezes eu me considero uma crédula: acredito em tudo até que me provem o contrário. Outras vezes acho que eu apenas dou margem à dúvida, afinal, há pouco tempo a Terra era plana, não é mesmo?! Entretanto, não venham querer que eu acredite em “amor à primeira vista”.

O quê?! A garota de domingo, otimista e que gosta tanto de falar sobre o amor não acredita em algo tão romântico?! Não, definitivamente, não! Mas eu explico - estamos aqui para isso. =)

Você assistiu ao trailer daquele filme baseado naquele livro que você tanto gosta. Estava aguardando há muito tempo por ele. Ficou encantado! O diretor é renomado e você adorou a escolha dos atores. Aquele que vai fazer o protagonista então... Daí você corre para ler a sinopse, alguma resenha e cria um monte de expectativas; vai imaginando todo o filme em sua cabeça. No fim de semana da estréia você está lá na fila ansioso e... é quase certa a decepção.

Todos que leram livros do Stephen King já estão acostumados com isso. Os livros do Harry Potter decididamente são muito melhores do que os filmes. No entanto, o que tudo isso tem a ver com “amor à primeira vista”?

O lance é o seguinte: eu fiz uma analogia tosca, mas funcional. Você acaba de conhecer alguém. O que você sabe dessa pessoa? A aparência, no máximo - ou o cartaz do filme. Vocês conversam um pouco e você lê a sinopse da personalidade dela. Parece legal e você cria expectativas. Trocam telefone, msn e você corre pro orkut para ler as resenhas e saber um pouco mais do making off. Vocês saem algumas vezes e descobrem um pouco mais um do outro, no entanto, uma pessoa é muito mais complexa do que um filme e não dá pra conhecê-la em duas horas.

Agora vamos à expressão: “amor à primeira vista.” Quando você assiste a um trailer, não diz que ama aquele filme, mas apenas que acredita que vai amá-lo, provavelmente de forma um pouco mais coloquial: “cara, esse filme vai ser f*da!” Eu não acredito que com pessoas seja diferente. O livro no qual baseamos nosso julgamento e criamos nossa expectativa foi escrito durante anos nos quais idealizamos o nosso par perfeito e, assim como a grande maioria dos filmes baseados em livros, eu volto a afirmar que é quase certa a decepção.

Primeiro é preciso nos livrarmos de tantas expectativas e tentarmos enxergar a pessoa como ela é e não como gostaríamos que fosse. Para isso, é preciso conhecê-la e só então poderemos dizer se as amamos ou não. Ainda por cima, temos que levar em consideração que quando conhecemos alguém e queremos que esse alguém goste da gente, costumamos vestir máscaras para impressionar e demora um pouco para conseguirmos ver o que está por trás. Só então, retiradas as máscaras, poderemos falar sobre o Amor. Até que isso ocorra, o que temos é uma paixão, é frio na barriga pela ansiedade, é aquela cara de bobo que só os apaixonados sabem fazer, enfim, é o encanto rodeado da esperança de termos, finalmente, encontrado nosso par perfeito.

Sugestão:
vídeo Máscara - Pitty

** Por Cris Bispo