sábado, 1 de dezembro de 2007

Falta de educação

Não se pode reclamar de incoerência na educação no Brasil: alunos não querem assistir aula, professores não querem ensinar, e o governo não quer investir. Sabemos que brasileiro não sabe ler, votar ou arrumar a própria cama. E eu, como todo bom brasileiro e não estudante, tenho que conviver com tipo como os descritos acima. É complicado, mas existem outros.

Por melhor que Lula seja como presidente, não tem como levar a sério muitas das coisas que ele falam. Uma das mais irritantes é encher a boca para dizer que mal sabe ler e escrever, e virou presidente, como se fosse motivo de orgulho não ter estudado. Ele é aposentado por invalidez desde que Dercy era balzaquiana (muito tempo, não), e não venha me dizer que faltou tempo ou dinheiro, pois ele ganha muito bem, e não se aprofundou por pura e simples preguiça.

Eu sou preguiçoso, mas não sou presidente. A diferença é que, em algum momento, terei que trabalhar pra não morrer de fome, e desde sempre o cara tá lá por ter perdido um dedo e ter sido preso em uma das poucas vezes na vida que tentou trabalhar. Sinto uma pena. E pelos "traumas", virou candidato profissional à presidência, concorrendo cinco vezes, e só aparecendo em uma periodicidade similar às Copas.

E, claro, sempre terá um mala dizendo que vai mudar, que ele tá trabalhando pra isso. Sim, se ele se reeleger indefinidamente como um Chávez da vida (não esqueça que na Venezuela não existe censura), um dia vai melhorar. Mas pra isso ele vai ter que estudar muito, e aprender que os países estão buscando alternativas para não depender mais de petróleo, e não buscando por mais.
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Desculpem o texto mais ou menos, sei que já foi menos pior, mas não aguento mais fazer social na Net por necessidades financeiras (tô vendendo meu rim no E-bay, se quiser levar o fígado junto tem desconto). Bem, a tira de hoje é do Arnaldo Branco, e esse que vos fala é Marcelo Fernandes. Entrem no meu blog, e me ajudem a ficar menos pobre.

Felicidade de todos nós

Ai a felicidade...um dos sentimentos mais procurados e também um dos mais perdidos. Muitas pessoas acham que a felicidade é “estar com quem se ama” (frase natalina percebe?) e ter o que se quer. Mas talvez se nossa vida fosse completa nos tornaríamos as pessoas mais infelizes do mundo, já que ao redor, o mundo, é diferente. Mas não quero entrar nesse mérito.
Outros defendem que Deus escolheu a felicidade dentro do próprio homem porque ele nunca iria procurar, dentro de si. Isso mesmo, depende de você e mais ninguém. Não é porque você é bem sucedido, tem dinheiro, é jovem que você deve ser feliz, mas sim porque és uma boa pessoa. Vê a mais terna felicidade ao acordar e ver que está vivo. Sorrir só para o outro sorrir. Ser o apoio do outro. Esse tipo de felicidade é o mais lindo e mais poético, mas será que só isso basta? Ser bom ao próximo e aproveitar os momentos simples.
Por mais que queiramos essa descrição de felicidade é pura ilusão, pos em todo lugar há uma perturbação, seja pelo fim dessa felicidade, seja pelo outro, um mundo externo... A ética epicurista defende que a felicidade suprema é construída apenas pela ausência de dor, a descrição poética então de nada vale.
Posso até concordar, mas será que podemos nos contentar com tão pouco?

Frase do dia: Se cada gota de lágrima que eu chorasse trouxesse mais amor para o mundo não haveria guerras.

##Por Nathália Marsal

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

80's e 90's - Já vão tarde!

Virou moda fazer revival das coisas desovadas nos anos 80 e 90. A Rosana anda assombrando por aí, a Gretchen anda comendo uns céLebros e até vão exumar o Menudo. Há algumas coisas daquele década que me marcaram, com certeza. Mas, daí a dizer que a época era melhor do que a de hoje? Nem se as Paquitas me beliscassem e mandassem eu comer 200 caramelos Zorro (aquele que acabava com as obturações) ouvindo "como uma deusa" em loops infinitos. Não concorda? Veja algumas das coisas que a humanidade, felizmente, deixou pra trás:

Pesquisas - Você ia até a biblioteca, pegava pilhas de livros e copiava folhas e mais folhas na mão, só porque não era sócio da biblioteca e não podia levá-los pra tirar cópias. Vinha para casa. selecionava o que era melhor e passava a limpo na máquina de escrever, um luxo, na época. Sim, um luxo. A fonte tinha só um tamanho e um estilo, porém com duas cores disponíveis! Aliás, duas não, inúmeras, pois a tonalidade do preto e do vermelho variava de acordo com o nº de vezes que você reutilizava a fita. Sem correção ortográfica, sem backspace (salve o Liquid Paper) e com a maravilhosa hifenização manual. E fazer tabelas, então? Erre UMA única tecla, jogue seu trabalho fora e recomece tudo novamente... diversão garantida por horas!

Comunicação móvel - Funcionava assim: você queria falar urgente com a pessoa X. Então, ligava para a central, ditava o recado (se desse sorte de não pegar linha ocupada) e os atendentes repassavam a mensagem, via PAGER, para X. Nesse momento, X saía correndo até algum botequim para comprar fichas (fi-chas! que mané cartão...) e procura algum orelhão da Telerj funcionando. Pronto! Em apenas duas horas, você conseguiria a resposta de X, em vez de esperar o dia inteiro até vê-lo. Duas horas se você estivesse em casa, pois senão ele ligaria para a central, ditaria a resposta...

Carros - Qualquer fã de automóveis ficava enlouquecido ao ouvir o ronco dos motores dos possantes. Carros altamente confortáveis, com o melhor da tecnologia nacional. Alguns modelos mais luxuosos, saíam de fábrica, simplesmente, com todos os opcionais: 2 retrovisores, jogo de carpetes, direção duráulica e até mesmo as duas palhetas do limpa vidro. Fusca, Variante, Brasília, Corcel, Chevelho e outros modelos igualmente fascinantes. Que saudade...

E claro...

Informática - Supra-sumo da tecnologia. Os maravilhos XTs, as telas monocromáticas de Fósforo, os HDs de inacreditáveis 20 mega, disquetes de 5 polegadas. A programação também era fantástica: Cobol, Pascal, DBase... Ah, tempo que não volta mais! Nos anos 90, aí sim voamso alto: conexões a BBSs a incríveis 7200 bps!

Pra quem ainda não se convenceu, tínhamos, também, a moda das ombreiras, corte mullet, lambada, Sarney, Odissey, Tremendo, os malditos caderninhos de resposta, papel de carta, bate-begs enchendo o saco, Mara, uniformes de futebol de pano vagabundo e colados ao corpo, rebobinar as fitas VHS da locadora, fita K7 enrolando dentro do deck da vitrola...

Ainda bem que estamos no século XXI. Deixa eu ir lá, jogar meu Atari.

Phernando Faglianostra escreve às quintas, faltou à escola pra assistir ao enterro do Tancredo e sabe de cór toda a coreografia do "Isto é Tremendo". Visite seu blog, a menos que você ainda role de rir das piadas do Jô Soares.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Fim de período

Sou só eu ou tá todo mundo surtando com o fim do período? É nesse momento do semestre que você pára e pensa: “Período que vem vai ser diferente! Vou manter a matéria e os trabalhos sempre em dia pra não ficar nessa loucura de novo!”. E você nunca faz nada disso.

Não adianta. Adoramos deixar tudo pra última hora. Não sabemos organizar o nosso tempo. Ou temos preguiça de fazê-lo.

É nessa época que tentamos “fazer uma social” com os nerds da sala. Pedimos a matéria deles pra tirar xerox, explicações sobre aquela aula chata que você sempre mata, essas coisas. Tem nerd que é manero, que até tenta ajudar, mas tem outros que ninguém merece. Você pergunta uma dúvida pra ele antes da prova, e a criatura responde na maior cara de pau: “Também não sei isso”. Tudo pra não te ajudar.

Nerd adora fazer um drama: sair da prova chorando, desesperado, dizendo que se ferrou. Aí, quando chega a nota da criatura, você tem vontade de espancá-lo.

Uma das coisas que mais me divertem é quando um nerd resolve fazer uma “observação brilhante” sobre a matéria, e acaba levando um fora do professor porque falou besteira.

Como vocês já devem ter percebido, não sou muito fã dessa “raça” não. Até tenho amigos nerds, mas eles super me ajudam quando eu preciso e não fazem nada disso que os nerds insuportáveis fazem.

Peçam ajuda aos nerds, mas aos nerds legais!

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Um pouco mais sobre sociedades

O texto abaixo foi produzido ano passado durante os meus estudos. Eu tinha um blog, que um dia eu o retomarei, quem sabe no meu TCC, mas fui hiper criticada... enfim, meus amigos sabem.. Então.. posto novamente, da mesma forma que foi postado em 24/09/2006.


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Para se entender melhor sobre a vigilância e seus efeitos, temos que, primeiro, entender a sociedade disciplinar, por isso, a explicação anterior.
A sociedade disciplinar fala do corpo social em forma de força de trabalho que, para virar esta força, é preciso ser moldado. Este molde é instituído pelos padrões e pela vigilância exercida. Esta vigilância se torna imprescindível para a ordem da sociedade e é empregada nas escolas, nos hospitais, em casa e em todo lugar a fim de normalizar a vida de todos.
No caso da escola, o quadriculamento dos horários, das carteiras e a posição delas na sala, a distribuição dos alunos de acordo com as notas, tudo isso como forma de normalização e de mostrar o que não deve ser feito e a individualização que, antes, não era valorizado.
Toda esta vigilância que é adotada por esta sociedade tem como sentido primordial a produção, com isso o individuo que é bem vigiado, será produtivo e será incluído no grupo dos normais, que estudam, trabalham, tem uma família.
A norma, que tanto é falada nesta sociedade, obriga a homogeneidade mas também a individualidade permitindo desvios; torna as diferenças úteis; o corpo da sociedade sofre a norma ate que se torna um hábito; hierarquiza e exclui, dividindo a sociedade em grupos: doentes, criminosos, normais e loucos; e assim, formando um corpo útil e dócil = obediente e forte.

Isso tudo ocorre pelo fato de que na sociedade disciplinar, o foco maior é o poder de poucos sob muitos. Isso é notório quando se é discutido o uso do Panóptico, comentado por Michael Foucault e inventado por Bentham, mas isso será falado no próximo post.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

[*] Torcida de raça, amor e paixão...

Tem certas coisas na vida que não tem explicação, uma delas é o fato da torcida do Flamengo ser tão apaixonada. Fazendo realmente a diferença em um campeonato em que o time da Gávea perigava na zona de rebaixamento como em anos anteriores.

Aos poucos a torcida foi apoiando o time e a cada jogo no Maracanã o público ia aumentando, assim como a pontuação na tabela de classificação também, de uma desoladora décima nona colocação até uma orgulhosa e inesperada terceira que ainda pode se tornar segunda colocação na ultima rodada semana que vem (está a apenas um ponto do vice-líder Santos). Há quem diga que se o Brasileirão tivesse mais umas cinco ou seis rodadas o Flamengo ainda teria chances de alcançar o já campeão São Paulo e ser o primeiro hexa-campeão brasileiro.

A chegada dos reforços no meio do campeonato colaborou bastante para esta arrancada espetacular, chegou o zagueiro Fábio Luciano que chegou para botar ordem numa até então fragilizada defesa; o volante Cristian melhorou bastante o bloqueio do time no meio-campo; além da volta do meia Ibson que conseguiu criar e fazer a bola chegar lá na frente, Roger e o argentino Maxi Biancucchi (primo do Messi, jogador do Barcelona e da seleção hermana) também foram contratações de certa importância, dos jogadores que já faziam parte do elenco se destacaram os laterais esquerdo e direito, Juan e Léo Moura respectivamente, principalmente esse ultimo que é aclamado como o melhor da posição no Brasil e sempre lembrado para Seleção do Zangado... quer dizer Dunga, há de se destacar também o excelente trabalho do folclórico técnico Joel Santana, que desacreditado chegou ao time e creditado encerra a temporada de 2007.

Mas o maior destaque mesmo ficou por conta dos torcedores, a imensa nação rubro-negra como é conhecida deu um show à parte, pulando e cantando eles foram o "motorzinho" do time na campanha e o verdadeiro décimo - segundo jogador em campo, fato que até rendeu a aposentadoria da camisa 12 no clube, uma justa homenagem a esta torcida maravilhosa que na reta final quebrou diversas vezes o recorde de público do campeonato, no último jogo aproximadamente 87.000 vibraram com a vitória de 2 a 0 sobre o Atlético Paranaense que garantiu de vez o Flamengo na Taça Libertadores.

Com a classificação para a maior competição do Continente, 2008 vem com a promessa de mais festa daquela que é a maior torcida do Brasil.


E é isso! Espero que tenham gostado, críticas são sempre bem-vindas!

Abraço a todos e saudações rubro-negras!

fui...