sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Bolsa estupro

São muitos os programas assistencialistas do governo que ajudam a manter a pobreza no Brasil. O Fome Zero, Bolsa Família (que inclui Bolsa Escola, Cartão Alimentação e Auxílio Gás), Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), o Brasil Sorridente (esse eu nunca ouvi falar, mas serve para garantir atendimento odontológico especializado na rede pública de Saúde, e eu pagando R$40 a mais de 10 anos pelo meu tratamento), Farmácia Popular (alguém já conseguiu comprar remédio a um real? Nem a minha vó que conhece todos esses preços e compra remédio todo mês nunca comprou), Qualisus (ambulância...sabe aquelas que estavam encostadas sem utilizar do Samu), Brasil Alfabetizado (mas hein..as faculdades públicas aqui do Rio continuam sem nenhuma estrutura), Programa Universidade para Todos (ProUni) (sem comentários, eu que sou da classe média, descendente de Europeu, mas sem um tustão no bolso, o que eu faço?). Bem depois de todas esse programas assistenciais dos quais eu não vejo nenhum resultado ( quero frisar bem que é para mim, para minha classe média), chegou o Bolsa estupro!
Isso mesmo ao invés de colocar uma proteção melhor na rua para suas filhas e mulheres o governo vai criar o bolsa estupro que beneficia a mulher que passou por todo aquele trauma de um desconhecido transar com ela sem ela querer e violentando-a com um salário mínimo, por 18 anos! Isso tudo para não discutir sobre o aborto e não permitir que aconteça..que lindo... sem mais comentários né pessoal...


Mais informações sobre o Bolsa estupro no Jornal O Povo do Rio (14/12/2007)
##Por Nathália Marsal

Tá tudo errado

Cada vez mais eu acho que nasci na época errada. Eu devo estar, pelo menos, uns 200 anos atrasado. Embora eu adore a tecnologia de hoje em dia, tenho quase certeza de que meu nome estava no casting do séc XVIII ou XIX. Qualquer dia, eu marco uma sessão de regressão, pra poder fazer o tira-teima.

Hoje em dia, pra você saber o que é certo e o que é errado, basta observar as pessoas. O que a maioria faz é o certo, mesmo que esta maioria esteja fazendo... o errado! Qualquer outra manifestação diferente estará incorreta.

Por exemplo, se você dirige por uma rua, na contra-mão, você estará errado. Fato. Agora, se nesta mesma rua, todos estiverem na contra-mão e você for o único que estiver seguindo o sentido certo, mesmo assim você estará errado.

Na prática, podemos constatar esta teoria da seguinte forma: a moda entre os estudantes, sejam do Ensino Fundamental, Médio ou Superior, é ser burro. Se o cara é inteligente, já é acusado de ser CDF (ofensa mortal) e outros adjetivos depreciativos. Estudantes se vangloriam de obter médias como 2 ou 3... é engraçado, é cool, é a moda. Coitado do cara que estuda, se esforça e consegue uma nota 9 ou, cruzes, uma nota 10. Vai sofrer pelo resto do ano/período, a menos que ele se redima com uma imponente nota 1. Aprender não é legal. Legal mesmo é não prestar atenção na aula, não copiar matéria, não estudar nada, colar (colar errado é mais engraçado) e se possível, ficar reprovado. Então o cara vira celebridade, e como todos sabemos, ser celebridade é o sonho de 8 em cada 10 populares. Ser celebridade abre portas e ainda te torna VIP. Se você faz exatamente o oposto disso, sinto muito informar, mas você é um(a) otário(a) que nunca dará uma entrevista sequer no Superpop ou na Sônia Abrão. Isso segundo o sistema vigente deles.

Esse mesmo aluno é aquele que cresce e continua achando legal andar na contra-mão. Arrumar emprego? Assumir responsabilidades? Crescer? Ahh... agora não! Melhor jogar bolinha de papel na cabeças dos caxias.

Não incomodaria tanto se eu não percebesse que isto é uma tendência cada vez maior. Dou aulas para adolescentes e adultos e vejo isso acontecer todos os dias. Alunos recriminados pelo simples fato de tirarem boas notas. É como dizem: sorte na escola, azar no social.

Não era bem esse o ditado, mas não consegui pensar um final melhor pra esse texto.

Phernando Faglianostra escreve às quintas e sempre dava cola errada pros outros. Visite seu blog e aprenda a musiquinha das preposições: a, anteapós, até, comcontradê-ê...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Inglês

Taí uma língua que muita gente pensa que sabe falar. Já vi pessoas que se dizem fluentes não conseguirem formar uma frase inteira sem gaguejar umas cinqüenta vezes.
Ninguém é obrigado a dominar um idioma que não é próprio de seu país. Adquirir fluência em uma língua estrangeira sem morar, pelo menos durante uns seis meses, num país falante dessa língua, não é fácil. É pra isso que existem os cursos de inglês.

Porém, há pessoas ingênuas que acreditam no mito: “Pague dez anos de curso e saia dominando a língua inglesa.” Para que isso aconteça – ou que fique mais perto de acontecer - você precisa praticar o inglês fora do espaço do curso. Ouvir músicas acompanhando a letra, assistir DVDs sem legenda, ler livros com o dicionário do lado, conversar com o gringos na praia, vale tudo!!!

Na maioria das vezes, quando os professores dão esses conselhos aos alunos, estes acham que é tudo pura encheção de saco docente. Pior que nem é. Quando falamos isso, é porque foi assim que aprendemos inglês. Tudo bem que na nossa época não tinha DVD, but you got the picture, right? =)

No final das contas, quando se trata de aprender qualquer coisa, não somente uma segunda língua, uma das coisas que mais conta é o interesse do aluno. Você nunca vai aprender nada se não quiser, simples assim. Então, pelamordedeus, facilite a minha vida e a dos meus colegas de trabalho se convencendo de uma vez por todas de que você não pode viver sem saber inglês! =P

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Reduz ou não?

"Os jovens brasileiros de baixa renda vivem em uma situação dramática, espremidos entre um sistema de educação pública de má qualidade e, a partir da adolescência, a necessidade crescente de ganhar dinheiro em um mercado de trabalho precário e de difícil entrada."

(Simon Schwartzman e Mauricio B. Cossío)

"O Brasil é um país eminentemente jovem, onde quase a metade da população está na faixa etária de 0 a 24 anos. A lógica não deve ser a do encarceiramento e sim a criação de oportunidades e perspectivas de futuro para esta parcela da população brasileira (...) Se pensarmos que, para cada adolescente infrator que é detido e enviado para uma instituição correcional, nascem no Brasil incontáveis outras crianças que estarão, num futiro próximo, sujeitas aos mesmos fatores de risco (...) daríamos mais valor a políticas reais de inclusão social e prevenção".

(Clarissa Huguet)

Será que realmente a REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL É A SOLUÇÃO?

Quando eu penso como acontecem delitos cometidos por menores neste país, aos montes, eu imagino que a redução é algo imprecindível sim, por raiva, por correção, por vontade de vê-los na cadeia. Mas poxa, não é uma questão de bondade, pena, nada disso! Recolho minha opinião primária e exponho a seguinte idéia: quais são as chances que o Estado dá para esta juventude de hoje? E de que maneira eles os atraem para estarem na escola?

Eu gostaria de saber da opinião de vocês quanto a isso!

domingo, 9 de dezembro de 2007

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa

avatar

Hoje não vou filosofar muito, não. Vou ser clara e expressar minha indignação. Vou tratar de um assunto muito sério e espero um pouco da compreensão de vocês.

Eu estive conversando com um amigo da família e o diálogo mais uma vez se repetiu. Eu estou farta disso!!! É um absurdo e acho que isso afeta a vida de todos nós integrantes desse blog e leitores.

(Ah, leitores! Voltem sempre! Vocês são sempre bem-vindos pois nós adoramos a casa cheia ^^)

Enfim, o lance é o seguinte: comida chinesa e japonesa NÃO são a mesma coisa!!!
=))))
hihihi

Brincadeirinhas à parte, vou esclarecer alguns detalhes sobre culinária:

Se quando alguém fala com você sobre comida oriental você pensa em peixe cru, sua mente está criando associações com comida japonesa. Se você imagina miojo, sua imaginação está associando à comida chinesa. Simples, não?!

Você passeia no shopping e dá de cara com aquelas barcas cheias de enroladinhos coloridos com alga, peixe cru, frutas e arroz. Isso é comida japonesa.

Vários tipos de Sushi

Você está com fome, liga pro China in Box e fica na dúvida se pede Yakisoba ou Bifum. Isso é comida chinesa. Colorida (legumes), fonte de carboidratos (arroz, talharim...) e NÃO É CRU!

Yakisoba

Por favor, espalhem essa informação, pois me dói o ouvido quando alguém, na maior inocência, diz: "Eu não gosto de comida chinesa - que horror - peixe cru!" E o que peixe cru tem a ver com comida chinesa? Me diz!

Isso não quer dizer que pratos de um país estejam excluídos do cardápio do outro. Há um intercâmbio e muita coisa foi absorvida pela cultura vizinha.

Mais uma nota cultural: Japão é uma "ilha" e o peixe é uma forma barata de alimentação por lá. Eles não possuem vastas áreas para gado. Já na China a história é bem diferente.
"Na China, tudo que tem quatro pernas e não é mesa se come."
Apicius, crítico gastronômico do Jornal do Brasil
Se você quer compreender um pouco mais essas diferenças, visite esse link que lá explica direitinho e de forma muito mais didática do que acabei de fazer.

Um abraço a todos! ^^

** por Cris Bispo


A volta dos que não foram

Hoje tá rolando no Maraca o show do Paralamas, e no fim da noite o grupo do BOPE The Police. Juro que não farei nenhuma piada com a música dos Titãs, tipo “Police para quem precisa, Police para quem precisa de Police”. Sinceramente, não sei a causa, motivo, razão ou circunstância desse fuzuê todo. A tal banda militar nunca encheu meus olhos, teve seus hits, seus momentos, mas ao contrário de outros grupos, seus sucessos envelheceram. Daquela época, eles talvez sejam o grupo que eu menos escuto. Tá bem, não escuto nada. The Clash, Sex Pistols, entre outras são bem melhores e empolgantes. Penso que o Sting&Cia foram na verdade, um pré-U2, no que foram superados pelos seus sucessores. Quanta letra S numa frase. Não gosto muito da banda, e acho que até quando o Puff Daddy (ou P. Diddy, sei lá) regravou “I’ll be missing you” ficou melhor. E olha que ele é meio patético, fez até uma música para o Godzilla americano com os solos de Kashmir do Led Zeppelin, mas não tergiversarei. E “Roxanne”, que ficou anos-luz melhor em Moulin Rouge? Tenho dó, né? Existem pessoas que não sabem a hora de se aposentar. Sou do tempo que o Sting ia conversar com caciques beiçudos, então, poupe-me.

Talvez seja a moda de revivals, talvez pela música hoje ter uma qualidade tão pior em relação ao passado, e ser bem mais rápida a mudança de melhor-banda-de –todos-os-tempos. Porém, embora alguns ecos do passado sejam da melhor qualidade e nunca morram

(show do Roger Waters que PERDI, queria ver o porco), sempre teremos Xuxas e afins. Mas, dos males, o menor. Mas pense que sempre poderia ser pior. Poderíamos estar ouvindo “Staying Alive” com sapatos plataformas e ternos brancos.

Marcelo adverte que esse post pode fazer mal para pessoas xiitas em geral. Pessoas que não aceitam críticas sem achar que o outro lado está errado, sem ao menos pensar que possam existir opiniões divergentes. Se não gostou, vá te o blog do autor, clique em seus Adsenses para que ele fique rico e mude-se para sempre desse espaço virtual. Heh.