sábado, 3 de novembro de 2007

Pra frente, Brasil

O problema de escrever no sábado é que o Brasil realmente é um reflexo dos seus políticos: as coisas mais interessantes acontecem no meio da semana, porque na quinta já tá todo mundo pensando no fim de semana, e na segunda todos estão de ressaca. Ai, quando chega o meu dia, todos os assuntos já estão velhos, e ninguém mais agüenta. Hoje, por exemplo, vou falar da Copa, e quem agüentou chegar até o final desse parágrafo deve pensar: ”Porra, já li em 10 mil sites, quatro mil blogs e 200 jornais sobre a Copa, o que ele vai me trazer de novo?”.

Nada, eu respondo, mas lembre-se que você é um inútil e não tem nada melhor pra fazer, então, sentaí e fica quieto. Bom, a Copa vai ser no Brasil, a cozinha é na Argentina, o quarto de empregadas é na África, e a sala na Europa. O quarto de casal é nos EUA, porque eles vivem f%$#odendo conosco. Mas enfim, existem dois tipos de pessoas que se posicionam em relação à Copa: aquele povo que acha o Brasil o país do futuro, que nosso povo não é preguiçoso, e sim “irreverente”, e tudo vai dar certo.

O outro grupo acha que devia investir tudo em hospital pra pobre, que o dinheiro vai ser desviado de tudo quanto é jeito, que é loucura fazer um evento desse no Brasil, e tudo mais que vocês já sabem.

Na minha modesta opinião minha de mim mesmo pessoal, acho que os dois estão certos. Acredito que, quando tem algum evento pra aparecer no resto do mundo, o brasileiro se supera, e consegue arrecadar dinheiro tanto para desviar e para construir as instalações, é só olhar o Pan. Quem tinha para enriquecer, enriqueceu e o povo babaca foi a todas as competições, inclusive peteca, gastou dinheiro pra ver a Daiane, mas continua sem hospital.

Outra coisa engraçada que eu ouço é nego dizer que a Copa é do povo, que o Pan é do povo. Claro. Imagina quanto deve custar o ingresso pra ver um jogo de Copa do Mundo. E o povo vai pagar? Eu lembro quando apreenderam um material falsificado do solzinho do Pan. Aí você me diz: ”Mas eles eram criminosos, e você não ia ganhar nada com isso”. Bom, a Globo Marcas faturou milhões com licenciamentos de produtos antes, durante e depois da competição, e eu não vi um centavo.

Pra fechar, o povo vai achar que curtiu a Copa, meia dúzia de gato pingado vai ver a Copa nos estádios através de promoções enviando embalagens dos patrocinadores( olha o capitalismo aí, gente), e o resto vai achar que “aproveitou” vendo pela TV. Mas talvez eu esteja sendo chato, pois os assaltantes de gringos irão faturar horrores durante o evento. Em alguma coisa a gente tem que ser melhor do mundo sempre, né?

Hoje não tem tirinha, não achei nada que se inserisse no contexto, semana que vem eu deixo uma. Fui e visitem meu blog:

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Misteriosa máquina de Deus

Nada como o Dia dos Finados para falar sobre morte. O coração pára de bater, o cérebro deixa de pensar, os sentimentos ficam perdidos, a carne não é mais desejada. Aquele corpo frio fica esquecido e sozinho junto aos vermes... Triste solidão para os que ficam e o que vão... A misteriosa arma de Deus faz com que muitas pessoas aprendam e outras se desesperem. Não tenho nada contra a essa tal “Dona”, mas sei que ela entristece muitos. Posso até afirmar que existem vários tipos de morte. Aquela que deixa saudades, outra que nos enlouquece.
Existe o caso de algumas pessoas que morrem em vida, vão se definhando com o tempo. São aquelas que se esquecem de apreciar o simples e só lembram dos desastres. Sabe aquele momento que a vida não tem mais graça... que já aconteceu tudo que você gostaria que acontecesse...CHEGA POR AQUI!!! Ou melhor que acontece algo tão ruim que o sumiço do seu eu seria a melhor notícia do jornal. Outro caso é daquelas que vivem até depois da real morte. Ah sim! Quanta energia foi deixada para trás... Quanta vivacidade foi retirada num súbito...
Mas não podemos afirmar o que acontece quando alguém morre, apenas posso expressar minha curiosidade em torno dela. Toda sua obscuridade e amor, solidariedade e saudade. Quantas velas e quantas lágrima foram derramadas hoje. Quantos sorrisos foram abertos pelas lembranças... Um mortal não precisa se preocupar com sua dor da morte ou com o sofrimento, nem mesmo com o fim da vida cheio de oecados e tentações, pois a a morte na verdade não existe... porque quando ela existir, nós não seremos mais...

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

A voz do povo...

Betinho era o ídolo do povo. Onde quer que estivesse, era acompanhado e idolatrado por milhares de pessoas. Um verdadeiro fenômeno. Pessoas tão sofridas, que precisavam de um herói, carnal, mortal, mas em quem pudessem espelhar-se, por quem pudessem suspirar. E Betinho era exatmanete isso: a encarnação da esperança. O fato de um filho legítimo da plebe se tornar um dos principais assuntos de jornais e revistas enchia de sonhos as cabeças daquelas criaturas.

A imprensa insistia em rotulá-lo como sendo o príncipe da massa popular. Dizia que Betinho era tratado como artista, mas sem, no entanto, dominar qualquer tipo de arte, sem qualquer talento. Como não? Um poder de mobilização tão grande não era pra qualquer um. Somente aqueles, irradiados pelo Supremo, poderiam possuir tamanho domínio sobre o povo. Decerto, um ótimo candidato para futuras eleições. Vivia assediado por partidos políticos, tanto da situação como da oposição. Mas sempre esquivava-se, pois queria evitar as polêmicas geradas pela escolha deste ou daquele segmento. Betinho era do povo. Betinho fora enviado por Deus, como diziam seus fãs, para alegrar e melhorar o mundo.

Atacava a Elite como ninguém. Não tinha pudores. "Não possuo rabo preso com ninguém, senhores!", dizia Paulo Roberto, enquanto seus seguidores eram acometidos por uma intensa euforia, que os fazia gritar, chorar, rir, enfim... os fazia orgulhosos. Orgulhosos por um deles, um zé-ninguém, conseguir chegar tão longe. Isso os fazia pensar que, se Betinho pudera, todos poderiam. O céu era o limite.

A classe dominante não o via, exatamente, como um inimigo. Mesmo bradando contra as injustiças do sistema, não era nocivo àqueles nobres senhores. Banqueiros, políticos e mega-empresários viam em Paulo Roberto, um grande orador e possivelmente um futuro aliado em suas pretensões obscusas de continuarem controlando a nação. Era questão de tempo, pois, como bem sabe-se, todos têm seu preço. Enquanto isso, Betinho continuaria dando o ar de sua graça em shows, programas de TV, jornais, revistas e internet. Sempre lutando pelos mais fracos. Sempre defendendo a classe menos favorecida.

Pop Star era pouco. Alguns igualavam-no a Che Guevara, com uma vantagem: Betinho estava vivo. Vivo, aliás, era o adjetivo mais indicado para caracterizar Paulo Roberto. Camisas com estampa de sua face, CDs, livros, Vídeos. Uma indústria erguera-se sob seu nome. Já era conhecido internacionalmente. Os mais exaltados exigiam sua indicação para o próximo prêmio Nobel. "Não é pra tanto, meus queridos, ainda não sou digno", dizia, demonstrando toda sua humildade.

Ao final de cada dia, sentia-se exausto, porém a missão estava cumprida. Mais irmãos alimentavam-se de esperanças através das sábias e calculadas palavras de Paulo Roberto. Como qualquer mortal que se preze, ao final da batalha, precisava descansar e recuperar suas forças. Fora enviado por Deus, mas também era filho Dele. Justificava assim, seus momentos de diversão pessoal.

Seu motorista o aguardava à porta de cada evento, ao volante da Audi A8 prata, que sempre o levava onde fazia-se necessário.

- Senhor, há uma movimentação intensa de populares. Eles querem cumprimentá-lo pessoalmente. Estão logo ali na frente. Devemos ir ao encontro deles?

- Tá louco César? Você vai pagar o reparo dos arranhões na lataria depois? Fora que dá pra sentir o futum daqui! Essa gente não sabe se comportar! Já esqueceu do mês passado, quando quase rasgaram meu paletó Versace novinho, na porta da Globo? Toca meia volta e vai pelo outro caminho.

É, amigos, Paulo Roberto é do povo. Paulo Roberto é gente que faz... dinheiro.

Phernando Faglianostra se filiou ao PSTU e produz, com a ajuda do Paint e do Word 95, suas próprias camisetas para a campanha para a Prefeitura do RJ.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Tipo assim

Hoje eu me sinto meio sei lá como, mas tipo assim, caraca maluco...
Então eu vou colocar este treco aqui que tipo assim, na moral meeeeessssmo?? É uma partizinha de um resumão de um artigo f&%$ que eu li e que, pô, maneiro pra caramba! Tá ligado... então é nós!
Lê aí e vê se comenta, pô!

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É somente uma parte do resumo e da interpretação que eu fiz sobre o artigo que fala da Juventude não como uma só, mas como muitas, então, Juventudes.

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“Juventude e sociedade: jogos de espelhos”
De Regina Novaes


INCLUSOES PARA UMA VIDA SEGURA:



A questão de o jovem ser sempre alvo da marginalização e da criminalidade traz o efeito de que todo jovem é suspeito. Sempre há pesquisas que apontam características étnicas e classes sociais para associar os jovens ao crime. O medo “de sobrar” e o medo “de morrer cedo” povoam as mentes dessa geração sem separa-los em sub-classes. Em outras épocas, a aventura juvenil estava associada ao imaginário de que “jovem está longe da morte”. A geração de hoje, no entanto, convive com este medo que é retratado todo o dia nos jornais. Ser jovem no cenário histórico em que vivemos hoje, onde o narcotráfico atinge um parâmetro complexo de envolvimento transnacional e se remete às favelas e regiões carentes e desprovidas de segurança pública perturba suas mentes. Há a corrupção policial e o despreparo dos mesmos em lidar com problemáticas envolvendo jovens alterando o cotidiano juvenil. O imaginário dessa geração é extremamente afetado pelas tragédias urbanas que envolveram seus próximos e são temas de rodas de bate-papo, além desse tema, os outros temas mais vulneráveis como portadores de deficiência física, discriminação étnica e orientação sexual também são alvos de debates. (pág 12)

Em contrapartida, jovens que se envolvem com a criminalidade viram alvo de políticas publicas de inserção social e cumprem medidas socioeducativas que os fazem, inclusive, se tornarem agentes de instituições juvenis voltadas ao combate à violência policial. Assim, esses jovens ganham oportunidades de saírem dessa fronteira de risco social e formulam documentos de reivindicação dos maus tratos que recebem em prisões e as precárias situações desses lugares de inclusão social. O que se almeja para a juventude de hoje é justamente as políticas publicas que enfrentam e previnam a violência e garantam a inclusão social. (pág. 12)

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

[*] Vídeos para descontrair...

Homem Arranha 3






Receitas do Hastley II - the mangoniac





Bom pessoal, por enquanto é isso!!!

Abraço a todos!!!

fui...

domingo, 28 de outubro de 2007

Sugestão: De(ath)sign

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Ai, meu Deus! Eu tenho que voltar a escrever durante a semana e reservar o texto para hoje. Aqui estou eu, num belo domingo, tendo que postar não-sei-o-quê.

Ao invés de enrolar vocês com alguma baboseira qualquer, vou enrolar com uma baboseira digna de Diversitate. Hahahahahaha

Sei que muitos dos nossos leitores são amigos e conhecidos da área de Comunicação Social, então vou arriscar apresentar uma webcomic que, muito provavelmente, irão gostar.


Isso se já não conhecerem essa obra de:
"MARCOS: Designer do Estúdio, criador do De(ath)sign e criatura mais mal-humorada da face do planeta."

Clique na imagem para ampliar

Esse é o quinto quadrinho e acho desnecessário dizer quem é O Marcus. hihihi

Clique em arquivo no topo do site dele e leia os quadrinhos em ordem. Garanto que irão se divertir. Com o tempo a coisa só melhora... ou piora - depende se do ponto de vista deles ou dos clientes. Kkkkkk

** por Cris Bispo