sábado, 23 de junho de 2007

Dinâmica

Entrevista para um emprego:

- Bom dia eu serei seu chefe a partir de hoje. O senhor já conhece o funcionamento da nossa empresa?

- Bom dia, senhor. Não, ainda não conheço.

- Não é muito diferente de outras empresas que o senhor trabalhou. Aqui, como na maioria das empresas, lhe encheremos de trabalho estúpido e repetitivo, deixando-o cada vez mais frustrado com a vida, tolhendo sua liberdade individual pelo bem da empresa, leia-se o dono, enquanto o senhor ficará cada vez mais frustrado quanto a sua vida profissional. Faremos reuniões que não decidirão absolutamente nada, e nessas reuniões ficará provado que seus superiores são completamente incompetentes para assumir um cargo de chefia. De acordo?

- Tudo bem.

- Também iremos lhe pagar um salário que, comparada à maioria da população, poderá até parecer bom, entretanto, pelo fato de vivermos em uma sociedade superficial e consumista, você nunca se dará por satisfeito, pois devido a essa cultura você se sentirá tentado a gastar mais do que ganha em objetos totalmente inúteis que apenas lhe darão um maior status social em uma comunidade vazia de valores, mas com som novo e DVD que toca mp3.

-Ok.

-E aos finais de semana, o senhor poderá gastar suas parcas economias em álcool, enchendo a cara para esquecer as frustrações que a vida lhe proporciona, sem notar que é você próprio que comanda a sua vida e é responsável pela sua própria desgraça. E, ao final da sua vida, quando descobrir que trabalhou como um louco para não ter quase nada fora seus anos de juventude jogados no lixo por um carro do ano e uma televisão maior, você verá que tudo isso não servirá para nada, pois não levará nada consigo quando tiver uma morte desoladora. Alguma dúvida?

-Vocês dão tickets-refeição?

A sinceridade desperta a agressividade nas pessoas.


** Por Marcelo Fernandes

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Sou burra e admito

Bem, eu adoro filosofia e uma vez conversando e discutindo, alguém começou a discursar sobre as pessoas que se acham inteligentes. Gostei muito do que a pessoa falou, mas não quero ser acusada de plágio. Portanto convidei-o a escrever um texto comigo. A discussão começou com os três pensadores mais conhecidos no campo de filosofia, biologia e economia:
Existiram apenas três pessoas inteligentes no mundo. Sócrates, Darwin e Marx. E vale a pena ser taxativo, sem dar margem a outros charlatões que marcaram, mas não formaram a história.
Sócrates, quando procurado por ser a pessoa mais sábia de Atenas, disse a famosa, ou nem tão famosa frase: “Tudo o que sei é que nada sei”. Com algumas palavras o filósofo chegou mais longe na busca por conhecimento que qualquer outro humano. Ao desenvolver tanto a sua reflexão, percebeu que a sua sabedoria é tão válida quanto a ausência dela, e que, na verdade, por mais que aparente ser sábio, nunca alcançou nenhuma verdade pura e inquestionável. O mais próximo que o homem pode chegar da inteligência é admitir que não há inteligência, ou se há, ainda não pode ser alcançada por um ser humano.
Darwin, por sua vez não era filósofo nem tão pouco sábio, segundo dizem as más línguas. Mas a sua contribuição para a ciência é inquestionável. Sua principal teoria, a da Seleção Natural, pode ser observada em todas as áreas de conhecimento e prática, humanas e não-humanas. Tudo que existe, existe apenas porque possui características que favoreceram a sua existência em determinado meio.
Não desceu? Ora, existiam girafas de pescoço curto e longo (quem não lembra desse exemplo?), as girafas de pescoço longo permaneceram graças a essa característica que lhes favorecia no meio em que viviam, enquanto as outras desapareceram. Aplique isso no nosso vocabulário, por exemplo. Existiam palavras longas e complicadas, com mais de seis sílabas e pronúncia dolorosa. Quando surgem palavras simples e de fácil pronúncia, elas favorecem uma comunicação rápida e eficaz, extremamente exigida por um meio dinâmico como a sociedade contemporânea. É por isso que usamos palavras como “preliminar” ou “inicial”, em vez de “propedêutica” (exceto pelos estudantes idiotas de Direito).
Por último, e talvez menos importante, temos Marx, seu Manifesto e sua incrível capacidade de construir argumentos chatos, impossíveis de questionar quando se usa a razão ou o senso comum. Podemos e talvez devamos, questionar suas idéias, suas vontades, mas se algum dia você ver Marx do outro lado da rua, não puxe papo, porque mesmo que não haja debate, ele vai vencer. Parece brincadeira, mas algumas pessoas entraram para a história apenas por terem sido massacradas pelo pensador num debate público. Seu Manifesto é impenetrável, e apesar de não apresentar propostas muito brilhantes, derruba praticamente todas as idéias e instituições capitalistas e tentar discordar não é tarefa fácil. Felizmente ou não, o capitalismo não é formado de idéias e apesar do ataque de Marx, permanece com todos e mais alguns problemas descritos pelo comunista.
Agora, se você deseja ser uma pessoa inteligente, comece admitindo que você não sabe nada, mas que não vale a pena ignorar as evidências aparentes que o mundo oferece, afinal é tudo que temos.
Depois, perceba algo que ninguém percebeu, pense em algo que ninguém pensou. Se apaixone e desenvolva sua idéia. Pesquise e procure até que se sinta seguro de que está certa.
Por fim, discuta com todos que quiserem ouvir, principalmente você mesmo, e se você for bem sucedido, será por dois motivos: suas idéias são incríveis! ou você tem uma ótima retórica, assim como Marx. E me liga depois de um tempo pr’a gente bater um papo.

Colaboração de Bruno Silva (estudante de Direito e meu curinga!)

aPor Nathália Marsal

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Seria planeta Terra ou planeta Água?

Substância composta de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, a água é talvez o recurso mais precioso que a terra fornece à humanidade. Embora se observe pelos países mundo afora tanta negligência e tanta falta de visão com relação a este recurso, é de se esperar que os seres humanos (seres considerados racionais) tenham pela água grande respeito procurando manter seus reservatórios naturais e garantindo sua pureza, já que os demais seres vivos (plantas e animais considerados irracionais) dão o exemplo, não degradando.De fato, o futuro de todos os seres viventes pode ficar comprometido a menos que haja uma melhora significativa na administração dos recursos hídricos terrestres. Pois a água é um constituinte fundamental da matéria viva e do meio que a condiciona.Suas propriedades físicas e químicas diferem muito das de qualquer outra substância. São elas que caracterizam a natureza do mundo em que vivemos. Uma das suas propriedades mais características é a de dissolver numerosas substâncias, formando soluções. Estas possuem interesse inestimável aos fenômenos vitais e também no que se refere aos processos industriais. O próprio mar, onde está concentrada quase toda a água do planeta, é uma solução aquosa que contém milhares de substâncias dissolvidas, constituindo íons metálicos e não metálicos além de inúmeros complexos minerais e de substâncias orgânicas.
O Brasil é o país mais rico do mundo em termos de reservas hídricas, contendo 13,7% da água doce disponível no planeta, a maior área úmida continental do mundo (Pantanal), as mais extensas florestas alagadas (Amazônia), e uma fauna aquática incrivelmente rica. Saber cuidar, usufruir e gerir esse recurso é responsabilidade de todos nós brasileiros.Embora o Brasil ainda tenha uma situação privilegiada em relação à quantidade e à qualidade de sua água, a forma de uso não vem ocorrendo de forma correta e responsável. Superexploração, despreocupação com os mananciais, má distribuição, poluição, desmatamento e desperdício são apenas alguns dos fatores que comprovam o descaso com este importante recurso. É importante ressaltar que a escassez de água põe em risco a vida no planeta e pode afetar diversas atividades econômicas, entre elas a geração de energia elétrica. A crise de energia que afetou a população brasileira em 2001 foi o resultado mais claro da má gestão dos recursos hídricos do país.A gestão dos recursos hídricos é, possivelmente, a questão ambiental com maior poder de integração, afetando todos os segmentos da sociedade e perpassando os diversos usos do solo, tais como a exploração de florestas, agricultura, indústria, mineração, entre outros. Com a aprovação da Lei 9.433 (1997) que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, criou-se uma nova, importante e moderna estrutura para a gestão destes recursos, prevendo processos participativos e novos instrumentos econômicos que promovem o uso mais eficiente da água, como a cobrança pelo seu uso. O Governo Federal criou, em 2000, a Agencia Nacional de Águas - ANA -, responsável, entre outras coisas, por implementar a nova Lei." (wwf brasil)
É, parece que algo está acontecendo realmente. Mas não adianta participar de manifestações em prol do meio ambiente, só para ganhar camisa e boné ou até mesmo porque a galera estava lá, se você vai escovar o dente e deixa a torneira aberta enquanto faz sua higiene bucal (eu até hoje de manhã fazia isso, espero que a vergonha bata à minha porta!).É possível, com atitudes conscientes, que o planeta continue, por muito tempo, sendo “o planeta água”. Caso contrário, quem já viu Acquaria ????
Por Juninho C.L. (Estudante de Ciências)

Fonte (da parte em negrito) :

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Ok, ok. Estou atrasada e assumo minha culpa. Mas nunca consigo ser pontual. Essa é uma grande questão a trabalhar (que os "entrevistadores" de empregos não me leiam!).
Mas ainda são 23:07, o que significa que tenho exatamente 53 minutos para escrever o que eu quiser aqui, e vamos ao que interessa!

Semana passada, sem grandes pretensões, escrevi sobre o amor. Houve quem tivesse entendido o que minhas palavras quiseram dizer, porém também houve quem não o tivesse. O importante mesmo é que as idéias os tocaram de alguma forma, sendo da maneira que me pertencia antes de expô-las em palavras, ou da maneira que os pertenceram ao ler.
Pois bem, ainda não é sobre isso que vou falar, embora tenha escrito bastante.
Como ia dizendo, sem grandes pretensões escrevi sobre o amor. E ainda é sobre isso que vou falar hoje, mas não sobre o meu, o seu, os nossos. Falarei sobre o amor de Agusto Boal. Sobre seu amor pela humanidade, sobre o seu amor pelo teatro.

Boal, pra quem não sabe, é o criador do Teatro do Oprimido - legal, Clara! Mas o que é o Teatro do Oprimido? O Teatro do Oprimido trabalha com técnicas e jogos teatrais que visam reintegrar pessoas que estão às margens da sociedade ou sofrendo grandes preconceitos (presos, deficientes fisicos, negros, etc). Segundo Boal "cada ser tem o teatro dentro de si". E é isso que ele trabalha.
Sua proposta, como criador desse método, é "humanizar o desumano". Leu bem? HU-MA-NI-AR O DE-SU-MA-NO!!!
Que gênio!!!
Palmas para o Boal!!!

Uma de suas técnicas consiste em fazer os "seres invisíveis" se tornarem visíveis. - Hein??? -.
Em uma, entre suas diversas obras, Boal conta o caso de uma empregada doméstica que ao participar de uma oficina do TO e se apresentar, chegou no camarim e caiu em prantos após o espetáculo. Espantado ele foi ver o que estava acontecendo, afinal ela deveria estar orgulhosa de sua bela performance. E a resposta foi: antes eu era só uma empregada, hoje eu vi que eu existo. E mais espantado, ele disse que ainda não havia compreendido porquê a tristeza, e ela respondeu que chorava de felicidade, pois acabara de se dar conta que era uma mulher, ao se olhar no espelho. Antes, quando o fazia, via apenas uma empregada doméstica, aquela que lava, passa, cozinha, leva as crianças para o colégio... acabara de se dar conta de que existia e era uma mulher, naquele momento.

Poderia ficar horas e horas escrevendo sobre o amor desse grande dramaturgo, ator e Homo sapiens, como diria o Junior (de amanhã), mas é difícil escrever quando se está transbordando de idéias e sentimentos. Neste momento eu sinto. Deixo mais palavras para depois.

Quem tiver mais interesse sobre o assunto, o site do Centro de Teatro do Oprimido é http://www.ctorio.org.br/ .

Até semana que vem, leitores!
Sem atrasos...
Não prometo, mas vou tentar!

- Por Clara Martins -

terça-feira, 19 de junho de 2007

Querem privatizar o bondinho de Santa Teresa!!!

...

No último dia 16 de junho, aconteceu uma manifestação contra a privatização do Bondinho de Santa Teresa. A AMAST – Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa – , os artistas e moradores do bairro protestaram no Largo dos Guimarães a fim de chamar a atenção dos governantes para que a população do bairro seja ouvida antes que seja tomado qualquer tipo de atitude.
A privatização tem cunho turístico, mas, segundo a associação, a maioria dos moradores é contra tal ato.
A alegação da AMAST é que desde 1968, quando o bairro “contava com 28 bondes elétricos, aos poucos foram sucateados pela irresponsabilidade dos sucessivos governos estaduais”. Hoje existem 14, mas em funcionamento, somente três.

Além de ser o transporte mais antigo do bairro, é barato e ecologicamente correto, pois não polui.

Agora você vê: ao invés de o governo investir neste transporte que representa Santa Teresa como nenhum outro monumento ou praça ou coisa qualquer, prefere entregar nas mãos de empresas privadas. É realmente ser incompetente e querer mostrar a incompetência.

Eu sou contra a privatização e sou à favor de uma votação entre moradores para que a vontade da maioria seja respeitada. O que é inadmissível e ser feita a privatização sem a população ser ouvida.

Mas até que isso seja feito, o que nos resta é aguardar... e matutar...
Será que é falta de dinheiro? Vamos pensar um pouco...


** Por Juliana Farias

segunda-feira, 18 de junho de 2007

[*] Os anos dourados...

Quando chegamos em determinados momentos da vida, começamos a pensar que já conhecemos muita coisa, que já aprendemos o bastante e que somos bastante experientes. Isso dura até você se deparar com uma pessoa mais velha, que te mostra que na verdade você não sabe de nada, você não conhece nada e tem muito ainda para aprender e experimentar durante sua estadia nesse mundo, muitas amizades para fazer, muitas oportunidades para se ter, muitas responsabilidades para adquirir, muitas conquistas para conquistar, muitos desafios para desafiar e também muitas decepções para se decepcionar.

Porém mesmo assim, olhamos para trás e tentamos selecionar atraves do nosso arquivo cerebral aquele que foi o nosso melhor momento, o nosso ápice nessa existência, quando você estava no seu melhor, quando você estava mais feliz, quando você tinha tudo o que você queria. Alguns denominam esses momentos como os "Anos Dourados" numa alusão, acredito eu, com o ouro das vitórias, das glórias, das conquistas que vemos nas competições esportivas, vide exemplos dos Jogos Olímpicos e os Jogos Pan-Americanos (que como onze em cada dez brasileiros já sabem será realizado no Rio de Janeiro, sem mais comentários sobre esse famigerado assunto).

Acredito que isso é muito relativo e que tenha variação de uma pessoa para a outra, mas no meu caso especificamente, eu posso dizer com todas as letras que não existe "anos dourados", meu melhor momento é agora no presente em que me encontro, melhor do que há alguns anos, mas com certeza não tanto quanto daqui a alguns. O segredo é pensar assim mesmo, acreditar que na escala natural da evolução humana, vamos crescer ainda mais com o passar do tempo como em uma espécie de upgrade do nosso hard disc mental.

Bom é isso, esperam que tenham gostado! Criticas também serão bem vindas!

Abraço e uma boa semana para todos!!!

fui...

Por André Hastley®

♪ Leia ouvindo: Speed of Life (Stratovarius) ♪

domingo, 17 de junho de 2007

Cris por ela mesma

Para começar os meus posts, acho legal me apresentar.
- Dá licença. Olá! Meu nome é Cristiane, 27 anos e completamente insana.
Uma chefe minha (que se tornou uma grande amiga) já dizia: "Penso, logo mudo de opinião". Acho que ela está corretíssima. Eu sou assim: o que digo hoje pode ser completamente diferente amanhã. E vou vivendo a la Raul Seixas, sempre numa metamorfose ambulante. Gosto de experimentar a vida e receber o futuro de braços abertos. Sempre envolta a otimismo, mesmo aquele forçado que de tão forçado se torna real. Sim, sou um bocado Pollyana.

"Se o mundo é mesmo parecido com o que vejo, prefiro acreditar no mundo do meu
jeito. E você estava esperando voar mas como chegar até as nuvens com os pés no
chão?"

Renato Russo

Não quero dizer com isso que acho tudo sempre bonitinho e que não fico indignada com o que acontece ao meu redor. Só que ninguém - nunca - me disse que o mundo tem que ser justo. A vida é assim mesmo: cruel! Então eu procuro aprender e me tornar mais forte a cada passo. Absorvo todos os dias o máximo que eu posso e jogo tudo cá pra dentro. Então cozinho as informações, lanço uma indagação aqui e ali, recolho as respostas, misturo um pouco, adiciono mais alguns ingredientes e sigo tentando encontrar a receita de quem quero ser, de quem sou, do ser humano ideal e da felicidade. Mesmo sabendo que não há receita alguma e nunca chegarei a lugar algum. No entanto, o que importa na vida é o trajeto em si e não o fim, porque o fim, amigos, é igual para todos.
Enfim, gosto de dividir o que aprendo em minha jornada e vou tentar usar esse espaço para compartilhar um pouco da minha forma um tanto quanto peculiar de ver a vida.
Termino com uma ficha técnica bem básica com um pouquinho a mais de mim.
Signo: Libra Profissão: quase bióloga, futura jornalista
Estado civil: namoro há 8 anos, sendo que há quase 3 moramos juntos
Tribo: nerd por maioria de votos
Estilo musical: roqueira por amostragem
Espiritualidade: bruxinha por aptidão somada a uma boa dose de taoismo
Moda: casual com crises esporádicas de emo/gótica/roqueira
Qualidade: hã... bem... *pensando*
Defeito: proteladora, indisciplinada e falo mais que o burro do Shrek
Qualidade: *ainda pensando*
Paixões: meu namorido, livros, gatos, internet, webcomics, mangá/anime...
Qualidade: ... *desisto*

** Por Cris Bispo