sábado, 25 de agosto de 2007

Celular, pra quê te quero?

Olha, não sou mais um ET, agora tenho celular. Mas é impressionante a pressão da sociedade (ou seja, um bando de mala que se intromete em nossas vidas) para que eu fosse mais “achável”. Uma das melhores épocas da minha vida foi o tempo que passei sem esse irritante aparelho. Agora que ganhei um, fico chocado como é uma das coisas mais idiotas consumida por pessoas pseudo-ocupadas.

Outro dia estava eu no ônibus com saudade do meu MP3 perdido (aquilo que era invenção. Quanto mais eu escutava música, menos convivia com a imbecilidade humana), e fui praticamente obrigado a escutar uma doida contar TODOS os detalhes de como o professor de ginástica dela era atencioso, e ensinava bem, e sei lá mais o quê. PRO INFERNO, ela, professor de ginástica, academia e todo mundo que fala na rua como se fosse o empresário mais importante da Raio que o Parta S.A.

Sinceramente, celular é bom para avisar que alguém tá nascendo, morrendo, ver onde a pessoa está após um desencontro em algum lugar, e às vezes, para trabalho. E só. Quer falar de vida particular vai no MSN, pombo-correio ou orelhão. Porque não quero saber da sua vida. E tchau.

Ainda vou ver um movimento “popular” mais queimado que o “Cansei”. Sério, todo mundo falou que são oportunistas e tal, que o Lula não teve culpa no acidente. Mas que prender o dono do puteiro, e geral ficar livre (principalmente Denise “charuto” Abreu) é muita sacanagem.

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O quadrinho da semana é de Allan Sieber. O site dele taí embaixo, e o livro dele tá à venda. Quem comprar, me empresta.

http://www2.uol.com.br/allansieber/

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Coff! Coff! Socorro...


Cof...cof...cof...bluerg...cuspe!...cuspe! Cof... cof.. cof...
- Boa (tarde, noite, manhã) queridos e queridas fumantes... estamos aqui reunidos para falar de um vício perturbante e inconsciente: o ato de tomar café e/ou incomodar não-fumantes. (Rum...Cof!) Quem vai ser o primeiro a falar?
- Bem, meu nome é José vim aqui porque descobri esses dias que tenho uma mania que está prejudicando muitas pessoas. Cof! Já queimei 20 pessoas, meu carro e o da minha mulher está com um banco que marca as nossas costas de tanto furo que tem. Hrum! Sem contar o banco de trás que está com um buraco que meu filhinho de 1 ano caiu lá dentro no outro dia. Minhas calças parecem que foram comidas por insetos... minha vida e da minha família está pegando fogo...quer dizer...desintegrando! Cof! Bluerg...snif
- Vamos para um cafezinho antes dos comentários...
(5 minutos depois...)
Entendo...temos mais um caso de cigarro mal apagado...queimaduras de cigarro...isso pode causar até a destruição da floretsa amazônica meus amigos...por isso é essencial que todos vocês não só tenham a preocupação de apagar a sua vida, fumando todos os dias...mas também de apagar o cigarro em um lugar seguro..e ter cuidado para não queimar os outros, principalmente se você está no centro da cidade cheio de gente...ou melhor não fume quando você estiver nesses lugares. Vamos para outro, quem se reabilita, desculpe...quem se habilita? Antes vamos parar para um cafezinho...
(15 minutos depois)
- Eu sou a maria e esse é meu primeiro dia aqui...
- Vamos aplaudir Maria!
Eheheh cof, cof, cof,....eheh, cof, eh bluerg
- Agora paremos para um cafezinho...
(7 minutos depois...e eu descubro que os fumantes são as pessoas mais sociais do mundo...saem para fumar e tomar café juntos...)
- Éééé...meu fetiche é acender cigarros em qualquer lugar principalmente quando tem pessoas atrás de mim...hehehe adora quando eu estou no ônibus e a fumaça vai para trás junto com o vento....ou então quando estou andando na rua...hehehe chego as nuvens de fumaça quando penso...! Cof!! Coff!! Adoro poluir os pulmoezinhos inocentes... Mas eu me arrependo depois...preciso acabar com isso!!!
- Estão vendo a boa alma que se arrepende... O exemplo... Porque você decidiu nos procurar?
- Porque estou com DPOC e outras siglas esquisitas de doenças no pulmão...estou morrendo e preciso do perdão (sou feliz e não sabia, vou fazer rima todo dia!!!)
- Pausa para um café, sim...
- Ah tah...claro... Então esta terminada mais uma sessão. Vamos todos nos reunir no café da esquina e sentar na area de não fumantes para incomodar os pedestres...alguém quer vir junto?
- Peço desculpa aos fumantes...mas tinha que fazer um comentário engraçado já que esse hábito me persegue... (conheço muitos fumantes). Aposto que todos os leitores fumantes já incomodaram alguém, apenas não sabem.
Dia Nacional do combate ao fumo - dia 29 de agosto... mais informações deixe um srcap com e-mail que eu te respondo.
++ Por Nathália Marsal

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Enquanto houver um coração infantil, o Vasco será imortal - CYRO ARANHA

" Vamos todos cantar de coração, a Cruz de Malta é o meu pendão"...
Na última terça-feira, no mesmo dia em que o sinos das igrejas fluminense comemoravam o recebimento da placa de que o Cristo Redentor foi eleito uma das sete maravilhas do mundo, a nação vascaína já estava em festa. 109 anos de existência, garra e vitórias. O Vasco, de Roberto Dinamite, maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro, com 190 gols, brilha agora sob o comando de Leandro Amaral, do volante Perdigão e nas mãos santas de Sílvio Luiz.
Toda a nação que veste a camisa cruzmaltina só tem motivos para se alegrar. Nossa casa, São Januário, foi construída em tempo recorde, dez meses e foi uma das sedes da Copa de 1950, e é ainda hoje o maior estádio particular do Rio de Janeiro.
Além disso, o segundo maior artilheiro da história do futebol mundial, o Baixinho Romário, teve a honra de fazer o milésimo gol com a camisa vascaína, com a 11 que será eternamente dele em São Januário.
Neste Brasileirão, o torcedor da Cruz de Malta espera voltar aos bons tempos e conquistar mais um título para sua gloriosa história. E agora é esperar para cantar: Hihihi, Libertadores, qualquer dia estamos aí...
Até mais nação vascaína
Rodrigo Teixeira

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Hum...

Hoje é meu dia.
ai.
Mente lotada.
ui.
Nada a dizer.
fui.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Ah, Congonhas...

Quando eu estava em São Paulo, por causa do show do Aerosmith (isso aconteceu precisamente no dia 14/4/2007), e voltava para o Rio, cheguei ao aeroporto de Congonhas e detestei. Aeroporto cheio, muvucada, gente gritando, enfim, não gostei.

Entrei numa fila na qual havia cerca de umas 30 cabeças aguardando check-in e reparei que a maioria era de conhecidos entre si. Quando me conformava de ter de aguardar aquele povo todo, sabendo que tinha cerca de uma hora ainda para o meu vôo, me chega uma senhorinha muito simpática que trabalha na companhia aérea e grita:
- Por favor, quem faz parte do grupo para Santa Catarina? Por gentileza, passem para esta fila de cá. Os demais, para onde vão?
Uns para Manaus, outros para o nordeste e aí chegou a minha vez de dizer:
- Rio.
- Ponte aééééérea???????
- É.
- Senhoooooooooooooora, por favor, não fique aquiiiiiiiiii!!!!! Por gentileza, me acompanhe!
E lá vou eu com a minha mala de muamba da 25 (lógico, né? Quem vai pra São Paulo e não passa na 25, não foi pra São Paulo) achando algo esquisito.
- Senhora, quando a senhora voltar à cidade de São Paulo na ponte aérea, a senhora pode procurar qualquer guichê que eles têm ordens de atender antes de qualquer outro passageiro, pois é um atendimento mais rápido... err... VIP!

(uiuiuiuiuiuiuiuiieeemmm)
Nem me senti, né?

Congonha se transformou numa banheira com água quente, cheia de espuma, igual na propaganda, e eu dentro falando “Sou uma diva!”. Amei!

Mas nem tudo são flores. Nos padrões da atual crise aérea, um atraso de 1 hora não faz mal a ninguém. Saí da banheira.

Entrei no saguão de embarque.
No papel dizia “Portão 10”. Ótimo! Vamos parar num banheiro e vamos para frente do portão 10. Eis que surge uma voz:
- Atenção, passageiros do vôo 1531 com destino ao Rio de Janeiro. Retificando informação de embarque. Por gentileza, o embarque será feito pelo portão 7.
E lá vamos nós! Um mundo de gente se levanta das cadeiras e vai para frente do portão 7.
Surge a voz denovo:
- Atenção, passageiros do vôo 1531 com destino ao Rio de Janeiro. Retificando informação de embarque. O embarque será feito pelo portão 11. Repetindo...
- Ahn?
- Portão 11.
10 minutos em pé na frente do portão 11. E lá vamos nós novamente.
- Atenção, passageiros do vôo 1531 com destino ao Rio de Janeiro...
Há essa altura, quem me conhece sabe bem como eu já deveria estar.
- Ahhh, o que que isso, heim??? Pegadinha?
O burburinho começou. Não era pra menos. Além de estar atrasado cerca de 1 hora, eles ficavam mandando a gente para um portão e, não satisfeitos, mandavam para outro, até acharem um portão bonitinho para nós embarcarmos? Assim não, moço!
- Retificando, portão 7.
Afffff!
Entrei no avião. Sentei na cadeira que tava no meu papel. Que bom! Voltando para casa.
- Ei! Você está sentada na minha poltrona, mocinha.
- Como?
- É. Olha aqui: 3C.
- Hum... O meu também, olha aqui: 3C.
- É sempre assim!
E lá foi a mulher meio revoltada procurar um comissário de bordo.
- Como é que é??? Quem vai fazer as entrevistas??? Mesquita??? Tá de sacanagem, né, meu filho? Eu estou pronta, na merda do avião, rumo ao Rio e você vem me dizer que eu não vou mais fazer o Miss Brasil???
Não me perguntem o nome da mulher loira, só sei que ela era bem bonita e tava mesmo toda arrumada e que aparece de vez em nunca na tv.
- Não quero saber!!! Estou indo para o Rio A - G - O - R - A... já estou nesta merda mesmo! Não posso sair daqui... agora vai ter que ter alguém para me buscar porque eu aceitei fazer isso sem ganhar um puto a mais!
Enfim, foi daí pra pior.
Do meu lado estava um senhor muito educado, que tinha lá seus 60 e tantos anos, que disse:
- É, minha filha, a gente numa crise aérea, sabendo que decola e não sabendo se pousa, uma moça jovem dessa falando besteiras assim, desse jeito, não é?
- É.
O véio se borrando de medo do avião. Eu num guento!
Decolou! Goiabinha, biscoito cream&cracker e refrigerante.
Pousou. Sobrevivi.
Enfim, em meio aos atrasos rotineiros, vozes robotizadas fazendo-nos de io-iô, pití de uma estrela desconhecida, além de um véio com medo de avião confesso que a goiabinha tava uma delícia!

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

[*] A dança da vida...

Vivemos nossas vidas ganhando nossos dias.
Na batalha do cotidiano, há sempre um vencendor.
A vida nos faz heróis,
vivendo nessa realidade,
nós somos heróis,
heróis de verdade.
Para suportar toda essa pressão,
só sendo um campeão,
ganhando a vida da maneira que você pode,
empurrando com a barriga,
contando com a sorte,
sorte de ainda estar vivo nesse bang-bang urbanizado,
com a sociedade condenada se rendendo a essa rotina estilizada,
já está acostumado a conviver de cara com a morte,
sorrir para ela e dizer:
- Ainda não! - Deixa eu curtir mais um pouco dessa festa...
mas eu sei que ela tem hora para acabar.
No fim desta festa eu não quero estar só.
Um dia eu ainda tiro você pra dançar!
Aprendemos a dançar conforme a música desde cedo,
no ballet do dia a dia nós sobrevivemos,
na valsa do amor damos os nossos primeiros passos,
quem foi quem disse que é fácil?
Nós somos heróis,
Nós somos campeões,
Nós vamos conseguir dançar conforme a música...
(Por André Hastley® em 07 de Janeiro de 2007)
Essa semana eu num consegui pensar em nada criativo para escrever. Revisando os meus textos, então resolvi postar este que fiz no começo do ano, tem uma caracterisca um pouco pessoal, pelo meu momento na época, mas acho que é um texto universal e que pode explicar bem resumidamente a nossa vida...
Bom, é isso!!! Espero que gostem, críticas são sempre bem vindas!!!
Abraço a todos e boa semana!!!
Fui...
♪ Leia ouvindo: Rodo Cotidiano - O Rappa.

domingo, 19 de agosto de 2007

Repressão Moderna

avatar - Não faça mais isso!
Palmatória, castigo, ajoelhar no milho: essa foi a realidade da geração dos nossos avós e de muitos dos nossos pais. Repressão e censura eram aprendidos em casa. Felizmente, aquela geração levantou sua bandeira, lutou contra a opressão do governo e de toda a sociedade, defendeu um mundo livre e mais igual.

As coisas se acalmaram e os anos passaram - nem tanto tempo assim – e eis os dias de hoje...

- Dr, não sei mais o que fazer com essa criança. Acho que ela tem algum problema: não presta atenção na aula, nunca me obedece... Ela não para quieta!
Psicoterapia e drogas paliativas de tarja preta: essa é a realidade de muitas das crianças de hoje que têm o cérebro torturado e limitado antes mesmo de sua completa formação. Eu me pergunto: onde foi parar o mundo livre e mais igual?

Os pais querem as crianças comportadas, obedientes, estátuas de mármore aguardando permissão para o recreio. Acho que esqueceram a própria infância, pois insistem que seus filhos permaneçam sem questionar, sentados na sala de aula ouvindo um cara insosso falar sobre coisas sem importância. Fiquei espantada outro dia ao saber que as crianças de hoje ainda têm que decorar os afluentes do Amazonas. É desnecessário dissertar sobre esse absurdo.

Daria para escrever um livro inteiro sobre o ensino e a lavagem cerebral que tentam fazer com nossas crianças, mas o objetivo desse post é outro. Os pais estão perdidos sem saber como educar seus filhos e não percebem que o sistema mudou. O mundo está globalizado e as crianças se interessam em aprender línguas e informática ao invés de engolirem que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil ao se perder no vasto Oceano Atlântico.

Os pais estão ausentes, a escola é arcaica e a televisão massificante. Quem está educando a geração de hoje são os psiquiatras e a indústria farmacêutica. A droga mais usada é a Ritalina que serve para o que eles chamam de Transtorno do Déficit de Atenção com/sem Hiperatividade.

Passo pelo artigo sobre o assunto na Wikipédia e leio o seguinte:
“Hoje já se sabe que a área do cérebro envolvida nesse processo é a região orbital frontal (parte da frente do cérebro) responsável pela inibição do comportamento, pela atenção sustentada, pelo autocontrole e pelo planejamento para o futuro.”
É importante acrescentar uma nota científica: essa região do cérebro só termina de se formar por volta dos 20 anos de idade, portanto, é altamente plausível que crianças não possuam o autocontrole de um adulto. Podemos impor essa disciplina nos velhos moldes da ditadura, mas é óbvio que ninguém quer isso. Sem saber o que fazer, buscamos a ajuda dos jalecos brancos. Afinal, a ciência se tornou a neo-religião e apesar de errar mais do que acertar, é o incontestável oráculo a todas as nossas dúvidas.

A indústria farmacêutica lucra bilhões e as crianças tornam-se apáticas e resignadas. Tenho certeza absoluta de que há algo muito errado nessa história toda.

** por Cris Bispo