sábado, 1 de setembro de 2007

Era vulgaris


A internet é uma coisa muita engraçada. Você tira uma foto com todas as suas gorduras, estrias e celulites, mexe no photoshop, e pronto! Você é modelo. Mas a onda de fotolog acabou, graças a Deus (Bill Gates, ou Steve Jobs, não sei sua religião). Mas uma moda que ainda não acabou foi a dos blogs.Todo mundo acha que pode escrever que nem um Machado de Assis. Tudo culpa do Paulo Coelho, e seus livros de vanguarda, pois não respeitam regras gramaticais.

Tudo bem que muito gente só quer um diário do tipo “acordei, escovei os dentes, o gatinho da escola é lindo, ele não me comeu porque menstruei”, o foda é nego querendo comentário para esse tipo de post. Seria algo do tipo”Fode com tampax”. Mas um comentariozinho nunca cai mal , não? Sim, eu sou carente, que seja.

Enfim, da mesma forma que o fotolog é a opção de mulheres burras e gostosas que não deram para o cara certo na vida, o blog é...é...Porra, sei lá, quem souber me informar eu agradeço. Certo tá o Estadão com aquela campanha contra os blogs. E se você não viu, não é da minha conta.

Ontem foi o Blog Day, e como eu não postei ontem, hoje indicarei cinco blogs de minha preferência para deleite dos leitores:

http://fabricadebobagem.blogspot.com/

O cara que escreve esse blog, além de bonito, inteligente, simpático e bem-dotado, não possui nenhum defeito.

http://www.interney.net/blogs/dama/

Sem querer ser machista, mas já sendo, a maioria dos textos escritos por mulheres é totalmente desprovido de senso de humor. Se forem realmente mulheres que escrevem esse blog, merecem parabéns.

http://rockdeindio.com/fsp/

Bobagens indies (pleonasmo?) nesse blog hilário. E vejam do Mosquito também, tem o link lá.

http://www.surra.org/

Só o blog que postou primeiro "Ovos em Ipanema".

E não vou indicar mais nenhum, você que vá ler o Estadão. E o quadrinho de hoje é o maior hit da net, www.malvados.com.br , se você não conhece, ainda deve usar ICQ.



sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Jornalismo: uma promessa com o mundo

Jornalismo: uma promessa com o mundo

“Escrever é a arte de cortar palavras”. A frase de Carlos Drummond de Andrade reproduz a responsabilidade com a sociedade, ou seja, informar a verdade sem que deixe confuso o leitor. Trabalhar com textos é a arte de construir idéias, emoções, informações e esclarecimentos. Seja com um texto curto e objetivo ou detalhista e poético. Todo material escrito influencia e transforma.
Muitos estudiosos da comunicação afirmam que quem tem informações, tem poder. Basta saber como usá-las. E quem escreve também tem poder? Talvez tenha sim, pois o profissional da escrita precisa estar informado. Entretanto, o mais ressaltante e apropriado seria conscientizar que quem escreve tem deveres. Não só o de informar, mas o de fazer com qualidade e trasparência . A promessa com o mundo se torna uma grande responsabilidade.Quantas denúncias foram feitas pelos jornais, em que deixavam expostos os trabalhos infantis. Foi dessa forma que o estatuto da criança passou a ser divulgado e os explorados passaram a defender os direitos de tais inocentes. Não só o jornal, mas toda a mídia em si, nasceu para a prestação do serviço mais importante de todos, pois o mundo muda a mídia e vice versa.
Todo jornalista deve ser amante das palavras e da informação, e, portanto, do próximo. É um contador de histórias e um transformador de moral e leis. E eu faço parte desta massa de profissionais, que querem ter como dever mudar alguma coisa e formar opiniões.
Por Nathalia Marsal

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Saudosa época não vivida

Gostaria, gostaria que a nossa geração tivesse a raça que a dos anos 70 teve.
Anos de muita repressão, mas de muita criatividade, de muitos nascimentos e rupturas.
Gostaria de ter metade da força que jovens, da minha idade tiveram, da coragem e determinação também.
Gostaria que esses jovens não fossem alguns dos que, hoje, decepcionam em seus cargos políticos.

Hoje estou saudosista de uma época que não vivi, mas muito ouvi de meus professores,e mais tarde, aprendi lendo e revivendo, de certa maneira.

À Miriam Gaspar, minha eterna mestre no teatro e na vida, mulher de garra, inteligente e revolucionária, que atualmente mora em Minas Gerais e assim, deixa essa aprendiz de pensadora morrendo de saudades.

Clara Martins

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Banco

E lá vou eu à Caixa Econômica fazer o aditamento do Fies

(para quem tem o financiamento do Governo Federal, o prazo de aditamento é até o dia 31/8, ok?)

Sempre fui muito bem atendida lá na CEF, sabe? Freqüento desde que eu fiz este financiamento e conheço o gerente e alguns funcionários já. Sempre são muito prestativos, ao contrário de outras agências com movimento estrondoso.

Cheguei à agência às 9h45 e fui a primeira da fila. Me senti uma daquelas velhinhas que vai ao banco e chega lá às 7h da manhã, espera até as 10h só pra ser a primeira da fila. Fui atendida por uma funcionária terceirizada. A única sem muita educação pois me fez repetir a mesma coisa quatro vezes.

10h! Abriu!!

Entrei, esperei o funcionário. Ele ainda não havia chegado. Mas ele é tão bacana sempre que eu nem me incomodei.

Entra um senhor na agência. Ele parece perdido. Não tinha 45 anos, magro era pouco, magérrimo, cabelo liso e preto com uma franjinha “re-dí-cu-la”. Vestia uma bermuda de cor bege com vários bolsos, uma camisa esquisita , um sapato tipo “Mr.Cat” (mas não era “Mr.Cat” nem aqui nem na China) e uma simpática meia branca canelada passando o tornozelo, um óculos fundo-de-garrafa. Um charme!

Foi até o vigia e queria pegar empréstimo. Bom, meio caminho andado: chegou até o banco, conseguiu entrar sem ser barrado na porta-giratória, veio vestido de maluco, enfim. Quem não daria um empréstimo para ele??

O vigia o passou para uma funcionária que o olhou meio com “ar de reprovação”. Senti que o cara já era conhecido. O funcionário que estava perto de mim desabafou: “Ontem ele veio aqui pra quê mesmo? Ah, pra ver Pis que ele não tem...” A funcionária explicou que ele precisava primeiro alterar a conta dele para ele ter empréstimos, mas ele não quis.

“Eu quero comprar UM COMPUTADOR!”

(Falando alto assim, mesmo).

“Então o senhor pode fazer um cartão de crédito”

“Então eu quero um CARTÃO DE CRÉDITO!”

(Mais alto).

“Tem uma anuidade que o senhor pode pagar em até três vezes”

“PAGAR AGORA? NÃO PODE NÃO! EU VOU AO PROCON”

(Gritou).

“Eu não disse que era agora. Só quando o senhor fizer o cartão e receber a primeira fatura”

“FATURA? PRA QUÊ?”

Afffe!

Entra uma senhora que queria o número do Pis. Foi até uma estagiária que usa um colete “Posso Ajudar?” e a encaminhou para um funcionário, que encaminhou para outro que mandou denovo para a estagiária. A mulher deu um pití que nem conto aqui! Conseguiu resolver o problema e mesmo assim voltou na estagiária.

“Se você não pode ajudar, não atrapalha, por favor!!”

Aêêêê!! O funcionário que ia me atender chegou!!

Em 15 minutos eu já tinha resolvido tudo.

Devo ter sorte com a Caixa, porque eu nunca tive esses problemas...

Saí de lá e o maluco ainda tava lá, preenchendo uma folha de requerimento de cartão.

Mas, taí, me lembrou uma situação que eu passei no hospital que eu trabalhei. Mas isso ficará para o próximo post!

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Alguém já viu “Invasões Bárbaras”? Pode ver que eu recomendo como um ótimo filme para pensar na vida.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

[*] Os Caminhos da fé...

Já falei sobre Religião em um dos meus primeiros posts, mas vou contar um fato que ocorreu comigo nessa ultima quinta-feira (23/08). Voltava da casa de um amigo, tava exausto depois de ter passado horas lá na XI Mostra Puc (quem não foi perdeu uma boa oportunidade de conseguir estágios) lá na Gávea e o que cansou mais foi a longa viagem de Niterói para além poça no geladíssimo 996. No meio do caminho eu encontrei outro amigo e enquanto conversávamos, sem que a gente percebesse, surgiu ao nosso lado uma moça baixinha, morena e que deve ter mais num passa dos quarenta anos, sem se apresentar e sem conhecer nenhum de nós ela já foi falando para gente que deveríamos aceitar Jesus, isso mesmo era uma evangélica. Não sei o que chamou a atenção dela pela gente (talvez as roupas pretas do meu amigo), só sei que ela estava disposta a fazer a gente a aceitar Cristo de qualquer maneira, acho que para surpresa dela, nós dois temos uma relação muito boa com o todo poderoso e seu filho, mas quem ficou mais surpreso nisso tudo fui eu. Quando falei para a moça que eu era espírita kardecista, ao contrário do que eu imaginava, ela não tentou denegrir minha religião (como a maioria deles costumam fazer), pelo contrário, falou que antes de se converter à Igreja Universal ela também era kardecista. Confidenciou inclusive que ainda acredita na reencarnação,algo que os espíritas acreditam e os evangélicos dizem não existir, pois para eles só temos uma chance na terra (dai vem a expressão "do pó viemos e ao pó retornaremos").

Desse fato eu pude comprovar mais uma vez, que não importa qual a religião (espírita, evangélica, católica, candomblé, islâmica, budista e etc...) porque assim como o sol que nasce, há um Deus (Buda, Alá ou Hare-Krishna) para todos. Existem também os ateus e os agnósticos, mas ai já é outra história.

Bom, é isso!!! Críticas são sempre bem-vindas!!!

Abraço a todos!!!

fui...

♪ Leia ouvindo: "O Cego de Jericó" - Rodox

domingo, 26 de agosto de 2007

Por que em segundo ou terceiro ou... ?

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Gasparetto, em uma de suas palestras, falou algo mais ou menos assim:
“Todos nós fomos criados em cima da idéia de que devíamos nos esquecer de nós mesmos e nos voltarmos para o outro. Foi uma tentativa de provocar uma relação social mais fraternal, mas acabou se tornando uma imposição na qual deveríamos fazer o bem. Isso quer dizer nunca deixar de atender a uma expectativa ao entorno de nós, satisfazer a necessidade do outro, colocar o outro em primeiro lugar, caso contrário, se em algum momento pensássemos em nós mesmos, isso seria considerado egoísmo e egoísmo era uma grande maldade que levava ao inferno. Ainda fazem um marketing em cima disso até hoje. No final, as pessoas foram se abandonando, cuidando das outras e esperando consideração em retorno seja da vida, de Deus ou das pessoas. Na prática não funcionou.”
Ao escutar isso fiquei pensando no conceito de bem e mal, denominações naturais da cultura ocidental, mas alienígenas no oriente. Lá há Yin e Yang, Negativo e Positivo, pólos opostos e complementares. Um sem o outro não existe e todo ser humano encontra dentro de si essa polaridade.

Pensei também na culpa que sentimos quando agimos de forma egoísta, no modo como nos crucificamos e nas pessoas que interferiram na minha vida achando que sabiam o que era melhor para mim e que, com a melhor das intenções, atrapalharam um bocado.

Pensei no Dr. Bach explicando que a abelha quando poliniza a flor está pensando apenas no próprio sustento e que, no entanto, é responsável pelo desabrochar de tantos jardins.

Pensei em Deus, o modelo maior de bondade e amor, que estando decepcionado com a humanidade - ao invés de perdoar, orientar e colocar em prática toda a sua amabilidade - escolheu dar ctrl + alt + del e inundar o planeta inteiro.

"O egoísmo é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar." - Wikipédia
Por que não em primeiro lugar caso não venha a prejudicar ninguém?
Por que em segundo lugar caso venha a prejudicar alguém - e esse alguém inclui nós mesmos?
Não vejo o porquê.

** por Cris Bispo