Pensei em começar esse texto por uma breve introdução. Mas, eu não sou do tipo de pessoa que gosta de rapidinhas. Sou uma pessoa excêntrica, fora dos padrões normais, desajeitada, atrasada. Resumindo, serei seu pedaço de mau caminho as quintas. Mas as minhas quintas são como eu, fora do padrão. Desculpa se a minha quinta-feira for a sua sexta-feira, tudo depende de um modo incomum de enrolar as pessoas com argumentos infindáveis.
O tema dessa semana é adolescência. Incrível como eu me sinto uma velha psicóloga de 40 anos que falará sobre um tema super distante da realidade. Mas, não sou psicóloga, não tenho 40 anos (UFA!) e adolescência não é um tema tão abstrato pra mim. Eu posso dizer que eu ainda vivo nessa fase, respiro, sorrio para ela todos os dias. Me considero um misto de criança e adolescente. Mas, não me chamem de adulta, madura, “crescidinha”. Isso me remete idade, cabelos brancos, preocupação, contas para pagar e por aí vai... Ser adolescente é ter espírito livre de mau humor, é viver cada hora como se fosse o último instante e ter curiosidade de ter da vida mais e mais.
Ser adolescente é encontrar com os amigos na sexta-feira, virar uma garrafa de vodka da pior qualidade e achar que o mundo é lindo. É romper o seu primeiro namoro e chorar litros de lágrimas achando que o mundo vai acabar e que você não consegue viver sem a tal pessoa. É pintar a cara e ir para as ruas defender um ideal e achar que o sistema mundial vai mudar no dia seguinte. É experimentar conhecer novos lugares, novas sensações, novas pessoas, novos sabores, aromas...
Pra fazer tudo isso, não há idade estabelecida. Há espírito. Existem pessoas que vivem a adolescência e esquecem o quão bom era viver aqueles momentos. Passam pela vida falando mal de quem vive essa etapa tão gostosa, independentemente de idade. Sabe, meu discurso torto pode parecer a primeiro instante saudosista. Mas, quem te disse que eu não sou uma adolescente ainda?