Às vezes eu me considero uma crédula: acredito em tudo até que me provem o contrário. Outras vezes acho que eu apenas dou margem à dúvida, afinal, há pouco tempo a Terra era plana, não é mesmo?! Entretanto, não venham querer que eu acredite em “amor à primeira vista”.
O quê?! A garota de domingo, otimista e que gosta tanto de falar sobre o amor não acredita em algo tão romântico?! Não, definitivamente, não! Mas eu explico - estamos aqui para isso. =)
Você assistiu ao trailer daquele filme baseado naquele livro que você tanto gosta. Estava aguardando há muito tempo por ele. Ficou encantado! O diretor é renomado e você adorou a escolha dos atores. Aquele que vai fazer o protagonista então... Daí você corre para ler a sinopse, alguma resenha e cria um monte de expectativas; vai imaginando todo o filme em sua cabeça. No fim de semana da estréia você está lá na fila ansioso e... é quase certa a decepção.
Todos que leram livros do Stephen King já estão acostumados com isso. Os livros do Harry Potter decididamente são muito melhores do que os filmes. No entanto, o que tudo isso tem a ver com “amor à primeira vista”?
O lance é o seguinte: eu fiz uma analogia tosca, mas funcional. Você acaba de conhecer alguém. O que você sabe dessa pessoa? A aparência, no máximo - ou o cartaz do filme. Vocês conversam um pouco e você lê a sinopse da personalidade dela. Parece legal e você cria expectativas. Trocam telefone, msn e você corre pro orkut para ler as resenhas e saber um pouco mais do making off. Vocês saem algumas vezes e descobrem um pouco mais um do outro, no entanto, uma pessoa é muito mais complexa do que um filme e não dá pra conhecê-la em duas horas.
Agora vamos à expressão: “amor à primeira vista.” Quando você assiste a um trailer, não diz que ama aquele filme, mas apenas que acredita que vai amá-lo, provavelmente de forma um pouco mais coloquial: “cara, esse filme vai ser f*da!” Eu não acredito que com pessoas seja diferente. O livro no qual baseamos nosso julgamento e criamos nossa expectativa foi escrito durante anos nos quais idealizamos o nosso par perfeito e, assim como a grande maioria dos filmes baseados em livros, eu volto a afirmar que é quase certa a decepção.
Primeiro é preciso nos livrarmos de tantas expectativas e tentarmos enxergar a pessoa como ela é e não como gostaríamos que fosse. Para isso, é preciso conhecê-la e só então poderemos dizer se as amamos ou não. Ainda por cima, temos que levar em consideração que quando conhecemos alguém e queremos que esse alguém goste da gente, costumamos vestir máscaras para impressionar e demora um pouco para conseguirmos ver o que está por trás. Só então, retiradas as máscaras, poderemos falar sobre o Amor. Até que isso ocorra, o que temos é uma paixão, é frio na barriga pela ansiedade, é aquela cara de bobo que só os apaixonados sabem fazer, enfim, é o encanto rodeado da esperança de termos, finalmente, encontrado nosso par perfeito.
Sugestão:
vídeo Máscara - Pitty
** Por Cris Bispo
O quê?! A garota de domingo, otimista e que gosta tanto de falar sobre o amor não acredita em algo tão romântico?! Não, definitivamente, não! Mas eu explico - estamos aqui para isso. =)
Você assistiu ao trailer daquele filme baseado naquele livro que você tanto gosta. Estava aguardando há muito tempo por ele. Ficou encantado! O diretor é renomado e você adorou a escolha dos atores. Aquele que vai fazer o protagonista então... Daí você corre para ler a sinopse, alguma resenha e cria um monte de expectativas; vai imaginando todo o filme em sua cabeça. No fim de semana da estréia você está lá na fila ansioso e... é quase certa a decepção.
Todos que leram livros do Stephen King já estão acostumados com isso. Os livros do Harry Potter decididamente são muito melhores do que os filmes. No entanto, o que tudo isso tem a ver com “amor à primeira vista”?
O lance é o seguinte: eu fiz uma analogia tosca, mas funcional. Você acaba de conhecer alguém. O que você sabe dessa pessoa? A aparência, no máximo - ou o cartaz do filme. Vocês conversam um pouco e você lê a sinopse da personalidade dela. Parece legal e você cria expectativas. Trocam telefone, msn e você corre pro orkut para ler as resenhas e saber um pouco mais do making off. Vocês saem algumas vezes e descobrem um pouco mais um do outro, no entanto, uma pessoa é muito mais complexa do que um filme e não dá pra conhecê-la em duas horas.
Agora vamos à expressão: “amor à primeira vista.” Quando você assiste a um trailer, não diz que ama aquele filme, mas apenas que acredita que vai amá-lo, provavelmente de forma um pouco mais coloquial: “cara, esse filme vai ser f*da!” Eu não acredito que com pessoas seja diferente. O livro no qual baseamos nosso julgamento e criamos nossa expectativa foi escrito durante anos nos quais idealizamos o nosso par perfeito e, assim como a grande maioria dos filmes baseados em livros, eu volto a afirmar que é quase certa a decepção.
Primeiro é preciso nos livrarmos de tantas expectativas e tentarmos enxergar a pessoa como ela é e não como gostaríamos que fosse. Para isso, é preciso conhecê-la e só então poderemos dizer se as amamos ou não. Ainda por cima, temos que levar em consideração que quando conhecemos alguém e queremos que esse alguém goste da gente, costumamos vestir máscaras para impressionar e demora um pouco para conseguirmos ver o que está por trás. Só então, retiradas as máscaras, poderemos falar sobre o Amor. Até que isso ocorra, o que temos é uma paixão, é frio na barriga pela ansiedade, é aquela cara de bobo que só os apaixonados sabem fazer, enfim, é o encanto rodeado da esperança de termos, finalmente, encontrado nosso par perfeito.
Sugestão:
vídeo Máscara - Pitty
** Por Cris Bispo
2 comentários:
analogia muito funcional. nunca tinha parado pra pensar nisso.
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