terça-feira, 26 de junho de 2007

Lembranças

É engraçado como uma música leva você a outros lugares do passado e faz você sentir sensações que sentia naquela época. Outro dia estava escutando Linger dos Cranberries e me lembrei de quando eu era pequena e escutava essa música imitando a cantora. Mal sabia o que a mulher cantava, mas achava romântico o som. E eu me sentia a tal fingindo ser ela.

Escutar Madonna e Michael Jackson também era outra sensação boa. Lembra-me das imitações de Madonna que eu fazia, rolando no chão sem ao menos saber o que aquilo tudo significava.
(hahahaha)

Quando escuto Yellow do Coldplay me lembra um ano mais recente, 2000, quando eu ia para o colégio mais cedo para fazer trabalhos e conversar com meus amigos que hoje estão tão distantes. Sinto saudades deles.

Outra sensação boa, e surreal, é o cheiro das árvores do Sesc Tijuca. Minha primeira creche. O cheiro me faz lembrar que eu acordava muito cedo e ia para lá dormindo ainda no colo da minha mãe às vezes. Além de uma loja de madeira que tem ali perto que o cheiro me faz lembrar das mesmas coisas, só que de um jeito diferente, porque quando eu passava por ali era ou porque eu já estava chegando no Sesc (ahhh, que saco!) ou porque eu estava indo pra casa (ai, que bom!!).

E quando é outono e o sol chega bem perto da porta da minha casa? Sempre que eu vejo isso eu lembro de quando eu dava banho nas minhas barbies numa banheira enorme de uma outra boneca que eu tinha. Deixava-as secar no sol e fingia que era uma piscina. Era gostoso fazer isso. Pena que passa tão depressa. Nesta época eu devia ter uns 6 anos de idade, hoje com 22, esses sentimentos, essas sensações vêm como se tivessem acontecido ontem.

É engraçado como não damos valor aos pequenos fatos que acontecem durante a vida e depois elas vêem à tona como se fossem a coisa mais importante que tivera acontecido. E quando somos crianças, queremos crescer rápido, ficar velho rápido, pra ter liberdade que é cortada com a sua primeira conta de cartão de crédito.

Sensações boas de prazer de ser criança, de leveza e liberdade, que não voltam e
acontecem porque os pensamentos são desprendidos de obrigações que só os adultos chatos têm.

Tornei-me uma.
** Por Juliana Farias

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu não sou um adulto chato :(

Juliana Farias disse...

rsrsrsrsrsrs....

:DDD

relaxa... no fundo no fundo tds somos!