Ok, ok. Estou atrasada e assumo minha culpa. Mas nunca consigo ser pontual. Essa é uma grande questão a trabalhar (que os "entrevistadores" de empregos não me leiam!).
Mas ainda são 23:07, o que significa que tenho exatamente 53 minutos para escrever o que eu quiser aqui, e vamos ao que interessa!
Semana passada, sem grandes pretensões, escrevi sobre o amor. Houve quem tivesse entendido o que minhas palavras quiseram dizer, porém também houve quem não o tivesse. O importante mesmo é que as idéias os tocaram de alguma forma, sendo da maneira que me pertencia antes de expô-las em palavras, ou da maneira que os pertenceram ao ler.
Pois bem, ainda não é sobre isso que vou falar, embora tenha escrito bastante.
Como ia dizendo, sem grandes pretensões escrevi sobre o amor. E ainda é sobre isso que vou falar hoje, mas não sobre o meu, o seu, os nossos. Falarei sobre o amor de Agusto Boal. Sobre seu amor pela humanidade, sobre o seu amor pelo teatro.
Boal, pra quem não sabe, é o criador do Teatro do Oprimido - legal, Clara! Mas o que é o Teatro do Oprimido? O Teatro do Oprimido trabalha com técnicas e jogos teatrais que visam reintegrar pessoas que estão às margens da sociedade ou sofrendo grandes preconceitos (presos, deficientes fisicos, negros, etc). Segundo Boal "cada ser tem o teatro dentro de si". E é isso que ele trabalha.
Sua proposta, como criador desse método, é "humanizar o desumano". Leu bem? HU-MA-NI-AR O DE-SU-MA-NO!!!
Que gênio!!!
Palmas para o Boal!!!
Uma de suas técnicas consiste em fazer os "seres invisíveis" se tornarem visíveis. - Hein??? -.
Em uma, entre suas diversas obras, Boal conta o caso de uma empregada doméstica que ao participar de uma oficina do TO e se apresentar, chegou no camarim e caiu em prantos após o espetáculo. Espantado ele foi ver o que estava acontecendo, afinal ela deveria estar orgulhosa de sua bela performance. E a resposta foi: antes eu era só uma empregada, hoje eu vi que eu existo. E mais espantado, ele disse que ainda não havia compreendido porquê a tristeza, e ela respondeu que chorava de felicidade, pois acabara de se dar conta que era uma mulher, ao se olhar no espelho. Antes, quando o fazia, via apenas uma empregada doméstica, aquela que lava, passa, cozinha, leva as crianças para o colégio... acabara de se dar conta de que existia e era uma mulher, naquele momento.
Poderia ficar horas e horas escrevendo sobre o amor desse grande dramaturgo, ator e Homo sapiens, como diria o Junior (de amanhã), mas é difícil escrever quando se está transbordando de idéias e sentimentos. Neste momento eu sinto. Deixo mais palavras para depois.
Quem tiver mais interesse sobre o assunto, o site do Centro de Teatro do Oprimido é http://www.ctorio.org.br/ .
Até semana que vem, leitores!
Sem atrasos...
Mas ainda são 23:07, o que significa que tenho exatamente 53 minutos para escrever o que eu quiser aqui, e vamos ao que interessa!
Semana passada, sem grandes pretensões, escrevi sobre o amor. Houve quem tivesse entendido o que minhas palavras quiseram dizer, porém também houve quem não o tivesse. O importante mesmo é que as idéias os tocaram de alguma forma, sendo da maneira que me pertencia antes de expô-las em palavras, ou da maneira que os pertenceram ao ler.
Pois bem, ainda não é sobre isso que vou falar, embora tenha escrito bastante.
Como ia dizendo, sem grandes pretensões escrevi sobre o amor. E ainda é sobre isso que vou falar hoje, mas não sobre o meu, o seu, os nossos. Falarei sobre o amor de Agusto Boal. Sobre seu amor pela humanidade, sobre o seu amor pelo teatro.
Boal, pra quem não sabe, é o criador do Teatro do Oprimido - legal, Clara! Mas o que é o Teatro do Oprimido? O Teatro do Oprimido trabalha com técnicas e jogos teatrais que visam reintegrar pessoas que estão às margens da sociedade ou sofrendo grandes preconceitos (presos, deficientes fisicos, negros, etc). Segundo Boal "cada ser tem o teatro dentro de si". E é isso que ele trabalha.
Sua proposta, como criador desse método, é "humanizar o desumano". Leu bem? HU-MA-NI-AR O DE-SU-MA-NO!!!
Que gênio!!!
Palmas para o Boal!!!
Uma de suas técnicas consiste em fazer os "seres invisíveis" se tornarem visíveis. - Hein??? -.
Em uma, entre suas diversas obras, Boal conta o caso de uma empregada doméstica que ao participar de uma oficina do TO e se apresentar, chegou no camarim e caiu em prantos após o espetáculo. Espantado ele foi ver o que estava acontecendo, afinal ela deveria estar orgulhosa de sua bela performance. E a resposta foi: antes eu era só uma empregada, hoje eu vi que eu existo. E mais espantado, ele disse que ainda não havia compreendido porquê a tristeza, e ela respondeu que chorava de felicidade, pois acabara de se dar conta que era uma mulher, ao se olhar no espelho. Antes, quando o fazia, via apenas uma empregada doméstica, aquela que lava, passa, cozinha, leva as crianças para o colégio... acabara de se dar conta de que existia e era uma mulher, naquele momento.
Poderia ficar horas e horas escrevendo sobre o amor desse grande dramaturgo, ator e Homo sapiens, como diria o Junior (de amanhã), mas é difícil escrever quando se está transbordando de idéias e sentimentos. Neste momento eu sinto. Deixo mais palavras para depois.
Quem tiver mais interesse sobre o assunto, o site do Centro de Teatro do Oprimido é http://www.ctorio.org.br/ .
Até semana que vem, leitores!
Sem atrasos...
Não prometo, mas vou tentar!
- Por Clara Martins -
- Por Clara Martins -
Um comentário:
Nossa... não sabia que o TO era assim não... achava que era apenas mais uma escola de teatro...
Muito bom o texto... mostra para o Boal, Clara! Ele vai ficar orgulhoso!
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