É um fato que necessidade de aparecer é inversamente proporcional ao senso de ridículo (não) presente na maioria das pessoas. Claro que todos querem ser notados, mas a falta de critério pelo que ser notado é algo onipresente em nossos tempos. Penteados cada vez mais ridículos, piercings até na nuca e roupas descoladas que todo mundo tem. Essa frase já deve ser até um clichê, mas a vontade de querer ser diferente faz cada vez mais com que todo mundo fique igual.
Tinha um ditado da minha época que dizia: quer aparecer, pendura uma melancia no pescoço. Hoje em dia, é capaz de você passar desapercebido na multidão com um cordão de tal fruta fato que existem coisas mais bizarras que isso nas ruas.Além do mais, narcisismo pouco é bobagem em toda a população desta galáxia. Talvez da galáxia não, pois os Ets são até bem discretos.
Entendo que a necessidade de pertencer a um grupo é algo inerente aos adolescentes, e a maioria dos adultos não passa de um adolescente com problema de recall. Já tivemos todos os tipos de modismo, e a humanidade sobreviveu a todos, muito mal e porcamente, mas sobreviveu. Eu conheço pessoas que dançavam “É o tchan”, e ainda hoje não se recuperaram, estando ainda em estado catatônico, trabalhando em telemarketing e assistindo TV aberta aos domingos. Durante a semana, tais coitados vêem até o Jornal Nacional, e pior, acreditam em tudo.
Mas essa nova onda de querer ser notado com roupas, penteados e badulaques ridículos é válida por um motivo importante: tais badulaques funcionam como se fossem um aviso de “cuidado”, igual aquela caveira que vem nos vidros de veneno. Embora muitas pessoas que se vistam “normalmente” também sejam dignas daquela olhadinha marota pro lado quando você está na rua, em que o desespero de fingir que não conhece aquele chato faz com que você pare em frente a parte de revistas gays na banca de jornal, poderia ser pior se fosse um conhecido com 38473 piercings na cara, cabelo verde-limão, mochila da Hello Kitty ou camisa do Vasco.
Enfim, essa onda de querer chamar a atenção de qualquer jeito estampada principalmente em flogs da vida só mostra o maior clichê da falta de investimento no nosso país: a educação. Se o Lula pegasse o dinheiro da CPMF e contratasse professores para dar aula de noções do ridículo às pessoas, talvez eu não tivesse que ver a xerox do vocalista do The Cure na minha faculdade.
A tira da semana é de alguém que não deve ter muito o que fazer na vida, pois já deixou não um, mas DOIS comentários no meu blog. São os "Bichinhos no jardim" e,...ah, vai lá, o link aí embaixo:
http://www.bichinhosdejardim.blogspot.com/
6 comentários:
Putz! É natural que as pessoas e, principalmente, os adolescentes queiram ser diferentes. O interesse das elites, a era industrial e blá blá blá queriam todos iguais -> uma massa não pensante. É o momento da "revolta". Em algum momento estabiliza em algo novo. Acho o assunto muito complexo.
E vc fala em modismo como se ser diferente fosse moda quando, na verdade, é uma revolta contra a moda. ¬¬
E o que o Lula e educação tem a ver com isso??? =O
Sei lá. Ficou muito nonsense tudo o q escreveu. Juro que não consegui acompanhar o raciocínio. =/
nem eu
Se eu fabricasse piercings, botas pretas, argolas e/ou tintura de cabelo, também ia querer que todos fossem "diferentes"...
Eu queria ver o Lula de gótico!
Na sua faculdade pode até ter pessoas bizarras, mas duvido q tenha mais q na minha! hahahahaha
Bjos
Hahuuuhauhauhauh... Boa!
Tipo, concordo plenamente com o investimento em aulas de senso do ridiculo... hahahahah
desde sempre existiu gente querendo chamar atenção com penduricalhos, coisa de tchurminha descolada...augh
Postar um comentário