segunda-feira, 17 de março de 2008

[*] Oh Well, whererever, wherever you are...

Olá pessoal, depois do poste de semana passada exclusivamente sobre o fenômeno antes do show do Iron, agora vou falar sobre o show propriamente dito, sobre a emoção de ter visto pela primeira vez a minha banda favorita, e em terras além rio tietê pela segunda vez (quem não se esquece do show do Aerosmith ano passado no Morumbi, já vai fazer um ano em breve).

Sai daqui de Niterói por volta de meia-noite, fui com o Maradona, um cara que faz excursões há mais de vinte anos e que tem um chato hobby de tirar fotos com músicos internacionais. Chegamos na capital paulista 8 e pouca da manhã, os ônibus (eram seis no total) pararam ao lado do Palestra Itália, eu logo que desci fui direto para a fila, que para aquela hora da manhã já estava um pouco cheia. Lá conheci dois paulistas gente boa, o Tiago e o Gabriel que me ajudaram a passar o tempo, passamos o dia conversando sobre futebol, heavy metal e principalmente sobre IRON MAIDEN! Um pouco depois das 15h os portões são abertos e vamos aos poucos entrando no estádio, a ansiedade só aumentava, há cada hora que passava. Lá na pista, eu até consegui ficar de um bom lugar, teria ficado bem mais perto se os organizadores do evento não tivessem criado uma tal de "Pista-especial" para arrecadar mais.

Após mais algumas horas esperando, eis que lá pelas 19 e pouca entra a banda de abertura, ninguem mais do que a filha do baixista e líder do Maiden Steve Harris, a bela Lauren Harris. Na minha opinião foi um pouco forçado colocar logo ela para abrir os shows do Iron nessa turnê, o estilo dela é bem diferente do da banda do pai, é algo como um pop rock, bem no estilo Avril Lavigne só que inglesa. Mas não posso deixar de registrar aqui que a banda que acompanha ela é muito talentosa, com destaque para guitarrista que mandou muito bem.

Depois da filha do "homi", foi a vez da chuva dar as caras no Parque Antarctica, afinal estavamos na terra da garoa não é mesmo? E o que caiu foi uma senhora chuva, bem providencial para refrescar os mais de 40 mil headbangers que se espremiam para ver mais de perto a atração principal da noite. Por causa do aguaceiro, a tradicional pontualidade inglesa teve de ser adiada, pois o pessoal da produção teve que (ou pelo menos tentou) enxugar o palco. Vai que o Bruce Dickinson em uma das suas tradicionais corridas durante a apresentação escurrega? Ia ser a maior saia justa.

Eram 20:10min quando tudo escureceu e das caixas de som começou a rolar a introdução, o tradicional trecho do discurso de Wiston Churchil na segunda guerra mundial antecipa a entrada dos caras tocando "Aces High", para delírio total do público que há anos esperava para ver essa canção ao vivo, inclusive esse que vois escreve. Falando a meu respeito, não estava conseguindo acompanhar a música direito por causa da agitação dois demais na pista, naquele tradicional empurra para um lado, para frente e para trás. Logo veio "2 minutes to Midnight" e eu ainda não conseguia assistir numa boa, ainda mais com a minha mochila colocada pra frente teimando em cair.

Quando eles começaram a tocar "Revelations" que mais calma que as duas primeiras, finalmente pude começar a apreciar calmante o show. Era clássico atrás de classico: "The Trooper", "Wasted Years"; destaque para o Bruce com um rodo na mão ajudando os roadies a tirar poças que cismavam em permanecer por ali na hora do solo de "The number of the Beast". E depois de "Can I play with madness" veio um dos momentos mais esperados da noite:"Rime of the Ancient Mariner" a épica canção de mais de 10 minutos de duração do Album Powerslave (1984) que desde a sua turnê de divulgação, a lendária "World Slavery Tour" (que foi a primeira da banda a tocar no Brasil em 1985 no primeiro Rock in Rio). Falando em "Powerslave" ela é tocada logo depois. Em "Heaven can wait" alguns felizardos previamente sorteados e os roadies foram ao palco acompanhar a banda no famoso coro: "- Ohoh, ohohoh, ohohoh". Depois vieram "Run to the Hills", "Fear of the Dark" com o seu também famoso coro cantado por todos ali presentes e por último a canção que leva o nome da banda, "Iron Maiden", foi nela que eu comecei a chorar quando o Eddie (o famoso morto-vivo e mascote da banda) entrou no palco para saudar o público e brincar com os integrantes. Foi ai que eu cai na real, estava realizando finalmente o meu sonho de ver de perto a minha banda favorita.

Como sempre eles se despedem do público, mais como todo fã do Maiden bem sabe, o show não acaba antes do bis e eles voltaram para tocar "Moonchild", "The Clairvoyant" e fechar com chave de ouro com "Hallowed Be Thy Name". E foi nessa parte que Bruce Dickinson prometeu que banda voltará ao Brasil em 2009 para uma apresentação completa, com fogos de artício e etc, algo que não foi possível nessa turnê sul-americana por causa da dificuldade de transporte. Nasceu ali a esperança de ano que vem eles virem para o Rio de Janeiro, que infelizmente ficou de fora dessa vez. Mas eu não me encomodei nem um pouco de ir para tão longe para vê-los em ação.

Após 2 horas de show, peguei o ônibus cansado, sujo e com fome, mas sem dúvidas muito feliz.

Por enquanto é só pessoal!

Abraço a todos!

fui...

♪ Para ler ao som de "Iron Maiden". ♪

3 comentários:

Anônimo disse...

É maravilhoso (deve ser... ainda ñ tive essa oportunidade, mas sei q terei!)assistir a um show tão aguardado, da nossa banda favorita, né?
E ainda mais maravilhoso é saber q valeu a pena esperar!
Fico feliz por vc!
;)
Bjao**
Marcinhaaaaaa

Marcelo disse...

"Após 2 horas de show, peguei o ônibus cansado, sujo e com fome, mas sem dúvidas muito feliz."

o problema eh q foram so duas horas, neh, pois iron eh foda

Ju Cunha disse...

Iron no Rio ano q vem, ja pensou?! =)
Beijos!